Selic deve atingir 15,75% até o fim do primeiro semestre, projeta Itaú
O Itaú Unibanco projeta que a Selic suba para 15,75% no primeiro semestre de 2025, mais que os 15% previstos anteriormente. O banco não descarta alta ainda maior, para além de 18%, caso a inflação continue desancorada e o real se deprecie mais.
Quanto a Selic vai subir mais em 2025? Para o Itaú Unibanco, em relatório divulgado nesta segunda-feira (20), a taxa básica de juros deve avançar de 12,25% para 15,75% ainda no primeiro semestre do ano.
No documento, o banco não descarta a chance de um aperto monetário ainda mais intenso. Sendo que no pior dos cenários traçados pela instituição (ver abaixo) a Selic poderia superar 18%.
“Real mais depreciado e expectativas (de inflação) desancoradas indicam a necessidade de avançar ainda mais em território contracionista”, aponta o Itaú.
“Esperamos que a taxa Selic atinja o patamar de 15,75% a.a. ao final do 1º semestre de 2025 (15,00% anteriormente) e permaneça nesse nível até final do ano”, acrescenta o banco.
Ciclo de alta da Selic
Então, pelas contas do Itaú, a Selic deve subir nas próximas quatro reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária).
Dessa forma, o banco projeta duas altas de 1 ponto percentual. Bem como, na sequência, mais duas altas de 0,75 ponto percentual.
Assim, na visão do banco, as duas primeiras reuniões do Copom do ano devem apenas aplicar o guidance determinado no último encontro de 2024. Na oportunidade, o colegiado já informou ao mercado que planeja mais duas altas de 100 pontos-base para a taxa básica de juros.
“Caso haja nova rodada de depreciação da moeda e/ou deterioração adicional das expectativas, não é possível descartar uma extensão do ciclo e eventualmente, uma postergação dos cortes em 2026”, afirma o Itaú.
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