Congresso: confira os quatro projetos que devem ser prioritários na transição

Temas principais são manutenção do auxílio de R$ 600, reajuste do salário mínimo, correção da tabela do IR e piso da enfermagem

Deputados vão iniciar a transição do governo na Câmara discutindo as propostas de lei que impactarão o Orçamento de 2023 a 2026. O objetivo é identificar os temas de interesse do novo governo do PT e assuntos que já estavam na pauta dos parlamentares.

Os trabalhos serão comandados por Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Jair Bolsonaro, e por Wolney Queiroz (PDT-PE), líder da oposição.

Após o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, declarar que vai comandar a transição como representante do Executivo, Barros ligou para Queiroz a fim de começar o processo no Legislativo.

Os principais pontos a serem discutidos serão a manutenção do pagamento de R$ 600 para o Auxílio Brasil, o aumento real do salário mínimo, a atualização da tabela do Imposto de Renda e a acomodação do piso salarial da enfermagem.

Os dois parlamentares estão afinados no discurso de que é preciso distensionar as relações após o encerramento do período eleitoral e buscar soluções para o país.

“Iniciada a transição, em todas as matérias que afetam o futuro governo, eles serão consultados. Não vamos votar as coisas que afetam o próximo governo sem consultá-los”, afirmou Barros ao Globo.

O líder do governo disse que vai discutir os projetos que afetam arrecadação e despesas do próximo governo juntamente com os deputados que atualmente estão na oposição.

“Nós vamos consultar (a equipe de transição). Não quer dizer que vamos aceitar todas as opiniões deles, acho que vão nos pedir para aprovar algumas coisas que o Lula prometeu e eles querem entregar. Teremos diálogo, dentro do espírito da transição.”

Queiroz disse que Barros se colocou à disposição para tratar dos assuntos que foram pauta da campanha de Lula.

A importância maior é distensionar esse clima eleitoral, acabar com as sequelas da campanha e tratar da transição e do futuro governo. É assim que países democráticos e pessoas civilizadas fazem — afirmou Queiroz.

Em reunião com líderes na segunda-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), havia sinalizado que poderia colocar em votação propostas que interessassem ao futuro governo, caso houvesse concordância entre os parlamentares.

Um dos textos que pode ser analisado é uma proposta apresentada pelo deputado Danilo Forte (União-CE), em agosto, elevando a isenção de Imposto de Renda para quatro salários mínimos em 2023, o que seria equivalente a cerca de R$ 5,2 mil. O texto atenderia a uma das promessas de campanha de Lula, que disse que aumentaria o valor da faixa de isenção para R$ 5 mil.

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