Mercado aposta em 70% de chance de vitória de Lula; pagamento é de R$ 30 por contrato

O tradicional mercado de balcão mostra apostas em cerca de 70% para uma vitória de Lula (PT); saiba como funciona

Embora o resultado do primeiro turno da eleição presidencial tenha sido mais apertado do que o indicado nas pesquisas de intenção de voto, o mercado continua a apostar no favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para vencer a corrida presidencial no fim do mês.

O tradicional mercado de balcão mostra que as apostas estão em cerca de 70% para uma vitória de Lula e em 30% para uma vitória do presidente Jair Bolsonaro (PL), de acordo com profissionais desse mercado.

“Hoje o mercado dá 70% de chance do Lula ganhar”, diz, ao Valor, o profissional da tesouraria de um banco sob condição de anonimato, ao se referir ao mercado de balcão.

Nesse sentido, se um investidor compra uma “opção Lula”, caso o candidato petista seja eleito esse investidor ganhará, no fim, R$ 30 por contrato. E, caso Lula seja derrotado no segundo turno, o investidor irá perder R$ 70.

Para entrar no mercado de balcão, que é aberto somente a pessoas físicas, a “aplicação” mínima é de R$ 100. A maioria dos participantes é de operadores do mercado financeiro doméstico, mas não é raro surgir investidor individual nos negócios.

Neste momento, de acordo com o profissional do mercado, “uma ‘opção Lula’ está valendo R$ 70, isso indica que o mercado dá 70% de chance de uma vitória dele”.

Primeiro turno

Na votação do primeiro turno realizada no domingo, o ex-presidente Lula registrou 48,43% das intenções de voto, contra 43,20% do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Entretanto, antes do pleito, as pesquisas de intenção de voto apontavam uma margem mais ampla do candidato petista, superior aos dois dígitos em alguns levantamentos.

Apoios

Após um resultado tão apertado, os investidores ficaram atentos a sinalizações de apoio para os candidatos.

Ontem, Bolsonaro recebeu declarações formais de apoio dos governadores de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL) e de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), os três maiores colégios eleitorais do país.

Lula, por sua vez, recebeu o apoio de Ciro Gomes (PDT) e de Simone Tebet (MDB), candidatos ao Planalto derrotados no primeiro turno.

Por Igor Sodré, Valor

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