Alckmin: juro alto é desafio para a indústria em 2025
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, afirmou hoje que a taxa de juro em patamar elevado seguirá como desafio para a indústria nacional em 2025.
Em breve entrevista, no Palácio do Planalto, ele defendeu a estratégia adotada nos Estados Unidos para controlar a inflação ao definir a taxa de referência.
“Gosto do modelo do Fed”, disse Alckmin, assim, mencionando a autoridade monetária americana.
Dessa maneira, segundo ele, o órgão tem a “missão” ao definir a taxa básica de juros, olhando para manutenção dos empregos e controle da inflação.
Para isso, no entanto, explica que são desconsiderados a eventual alta nos preços dos alimentos e da energia no país.
“Um é [explicado pelo] clima; outro, geopolítica”, resumiu.
O vice-presidente, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), ressaltou que, no Brasil, o preço do café subiu em razão da seca “brutal” e também do calor que afetaram a produção.
“Não adianta eu aumentar a taxa de juros porque ela não vai aumentar a safra. Isso é clima. Você sacrifica a economia”, argumentou.
Questionado sobre a expectativa de mudança da política monetária com a chegada de Gabriel Galípolo ao comando do Banco Central no lugar Roberto Campos Neto, Alckmin disse que ele acabou de assumir o cargo e “precisamos dar um tempo a ele”.
Mas disse que as expectativas são boas se for considerado o perfil do economista.
“Sou admirador de Galípolo”, disse o vice-presidente, ressaltando que trata-se de “um democrata” e “um grande economista”.
Com informações do Valor Econômico
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