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Como posicionamento de Zuckerberg para governo Trump pode afetar os negócios da Meta?
A decisão da Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, de alterar o modelo de moderação de conteúdos em suas redes sociais, e suspender parcerias com agências profissionais de checagem de fatos, reflete uma busca da empresa por se adaptar à gestão do presidente americano Donald Trump, que assume a Casa Branca em 20 de janeiro. A avaliação é da consultoria eMarketer.
“A Meta está reposicionando a empresa para o novo governo Trump”, disse a diretora de análises da eMarketer, Jasmine Enberg, em comunicado, nesta terça-feira (7).
A mudança para uma moderação de conteúdo similar à da rede social X, de Elon Musk, apoiador da campanha de Trump, mostra “o quão longe Zuckerberg está disposto a ir para ganhar a aprovação” do novo presidente americano, nota Enberg.
Embora a medida possa “entusiasmar os conservadores, que frequentemente criticam a Meta por censurar discursos”, a analista da eMarketer alerta que a decisão “vai assustar muitos liberais e anunciantes”.
Enberg lembra que a segurança da marca continua sendo um fator-chave para determinar onde os anunciantes gastam seus orçamentos. “A mídia social já é um campo minado para conteúdos que muitas marcas consideram inseguro, e a mudança da Meta pode agravar esses problemas”.
A especialista não acredita em um êxodo massivo de usuários das redes sociais da Meta, como ocorreu com o X, sob a gestão de Musk, mas atenta para o fato de que “qualquer queda significativa no engajamento [de usuários das redes sociais] pode prejudicar o negócio de anúncios da Meta”.
A moderação de conteúdos falsos, especialmente as “deep fakes”, alterações de imagens feitas por inteligência artificial (IA), e a proteção aos direitos autorais de criadores de conteúdo foram temas do painel “IA e a crise dos direitos criativos: falsificações profundas, ética e a lei”, na tarde de segunda-feira (6), durante o evento de tecnologia CES 2025, em Las Vegas (EUA).
Mas enquanto o Brasil busca avançar na regulamentação da IA, com o Projeto de Lei 2338/2023, agora em tramitação na Câmara dos Deputados, nos Estados Unidos a expectativa não é tão grande sobre o avanço de projetos de lei.
“Tenham em mente que as ações judiciais este ano podem moldar os caminhos para uma regulação”, disse o advogado Chad Hummel, diretor do escritório McKool Smith, durante o painel.
Com informações do Valor Econômico
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