As vendas do varejo e atacarejo alimentar tiveram leve alta de 4,4% em novembro, ante o mesmo mês de 2023, segundo divulgou, na manhã desta quinta-feira (19), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado do ano, o indicador tem alta de 2,85% e permanece alinhado às projeções do setor, de crescimento de 2,50% em 2024.
Em relação a outubro de 2024, houve alta de 7%, influenciada pelas promoções realizadas durante a semana da Black Friday, com destaque para o pagamento do 13º salário, que este ano coincidiu com a sexta da “Black”. Os indicadores são deflacionados pelo IPCA e contemplam todos os formatos de supermercados.
Durante a semana da Black Friday, o consumo teve um salto de 27,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Entre os itens mais procurados, destacaram-se artigos natalinos, bebidas (como sidras, pisco, whisky, champanhe e gin), panetones, carnes típicas de Natal e frutas em calda.
A intensificação dos descontos de véspera do Natal reduziu os preços da cesta natalina em quase 7% na média nacional. A maior queda foi registrada em aves natalinas, panetones e sidras. O valor médio da cesta passou de R$ 345,83 para R$ 320,76, representando uma economia de R$ 25,07. A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 17 de dezembro.
Além das ofertas, Marcio Milan, vice-presidente da Abras, destaca que o aumento no consumo às vésperas do Natal é impulsionado pela entrada de mais 200 mil novas famílias no programa Bolsa Família, cujo montante de recursos distribuídos é estimado em R$ 14,07 bilhões, com um valor médio de R$ 678,36 por família.
Segundo Milan, as indústrias de consumo estão pleiteando aumentos de 8% a 10% para janeiro de 2025. “Esses reajustes estão sendo pleiteados agora, mas naturalmente isso ainda vai ser negociado. É uma sinalização, não quer dizer que vai chegar nas gôndolas nos próximos dias”, disse o executivo.
*Com informações do Valor Econômico
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