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Nova política da Meta traz risco de desinformação e menos segurança, diz Idec
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) expressou preocupação nesta terça-feira (7) sobre as mudanças anunciadas pela Meta na moderação de conteúdo publicado nas redes sociais Facebook, Instagram e Threads. Segundo nota divulgada pelo instituto, a substituição dos verificadores de fatos por “notas comunitárias” e a redução dos filtros de moderação podem intensificar a circulação de desinformação, discurso de ódio e conteúdos prejudiciais.
Para o Idec, essas alterações “afrontam iniciativas regulatórias legítimas” e podem impactar negativamente o cotidiano dos usuários, expondo-os a fraudes e informações enganosas que prejudicam ações como compras on-line e a busca por informações de saúde.
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Além da nova política da Meta “ser potencialmente perigosa em períodos eleitorais, o enfraquecimento das regras de moderação diminui a segurança das plataformas, especialmente para grupos mais vulneráveis, como idosos, pessoas negras, crianças e adolescentes”, acrescentou o instituto, em posicionamento oficial.
O Idec criticou a concentração de poder nas mãos de grandes corporações como a Meta, que, segundo o Idec, agem como árbitros do espaço público digital, favorecendo interesses corporativos sobre a segurança e os direitos dos usuários. “Tal mudança abusiva reforça a necessidade de uma regulação mais robusta que responsabilize as plataformas pelos danos causados por seus modelos de negócio e priorize a proteção dos consumidores no ambiente digital. É essencial que os usuários estejam atentos e que governos e organizações atuem para garantir um espaço online mais seguro e confiável”, concluiu o instituto.
O posicionamento do Idec veio após o anúncio feito hoje pela Meta. A empresa decidiu encerrar seu programa de verificação de fatos por terceiros, adotando um modelo de “notas comunitárias” em que os próprios usuários fornecerão contexto adicional para postagens potencialmente enganosas.
A Meta justificou a mudança afirmando que os verificadores de fatos tinham preconceitos próprios e que o novo sistema, semelhante ao adotado pela plataforma X, de Elon Musk, permitirá mais liberdade de expressão, focando apenas em violações graves.
A empresa de mídia social também disse que planeja permitir “mais discurso” ao suspender algumas restrições sobre alguns tópicos que fazem parte da discussão convencional, a fim de se concentrar em violações ilegais e de “alta gravidade”, como terrorismo, exploração sexual infantil e drogas.
*Com informações do Valor Econômico
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