Descubra qual deve ser o principal gatilho para a Petrobras reajustar preços dos combustíveis
- A Petrobras deve reajustar os preços de seus combustíveis devido ao aumento do risco de escassez. Segundo o BTG Pactual, a diferença entre os preços praticados pela Petrobras e os preços internacionais está em 11% para a gasolina e 18% para o diesel.
- Este desvio destrói valor para a empresa, mas o aumento recente do barril de petróleo compensa parcialmente essa perda. No entanto, o maior impacto é o risco de escassez, pois o Brasil depende de importações para atender à demanda, principalmente de diesel.
- O reajuste é essencial para equilibrar o mercado. O BTG recomenda comprar ações da Petrobras, com preço-alvo de US$ 20 para os ADRs, representando um potencial de valorização de 45,8%.
Empresas citadas na reportagem:
O aumento no risco de escassez de combustíveis deve ser o principal gatilho para a Petrobras anunciar reajustes nos seus preços nas próximas semanas. Mesmo que mantê-los nos patamares atuais não traga impactos negativos aos seus resultados, diz o BTG Pactual.
Os analistas Luiz Carvalho, Pedro Soares e Henrique Pérez escrevem que a defasagem nos preços da gasolina está a 11%. Isso na comparação com os preços praticados no mercado internacional.
Enquanto o do diesel está em 18%, a maior diferença desde a adoção do novo modelo de precificação de combustíveis em 2023.
Eles notam que o modelo atual destrói valor para a Petrobras. Uma vez que a retomada da adoção da paridade internacional ajudaria na geração de caixa.
Mas o principal gatilho dos resultados da companhia são as variações no barril do petróleo e sua alta recente acaba compensando o valor perdido nos combustíveis.
Risco de escassez de combustíveis
No entanto, o banco acredita que o principal impacto de deixar os preços muito fora da paridade internacional é o risco de escassez, uma vez que o país depende de importações para atender à demanda, em especial de diesel, o que torna a necessidade de reajustes importante para equilibrar o mercado.
O BTG Pactual tem recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo em US$ 20 para os recibos de ação (ADRs) negociados na Bolsa de Nova York (Nyse), potencial de alta de 45,8% sobre o fechamento de terça-feira.
Com informações do Valor Econômico
Leia a seguir