Como a C&A (CEAB3) lida com a perspectiva de ‘verão longo’ e período de outono/inverno curto

A companhia indicou que já há alguns anos passou a ofertar menos produtos pesados de inverno, como casacos e jaquetas

O comando da rede de moda C&A (CEAB3) disse, em teleconferência de resultados de primeiro trimestre, que o verão mais longo neste ano e com recordes nas temperaturas, e um período de outono e inverno mais curto, tem que ser analisado “olhando toda a foto”, disse Paulo Correa, CEO da rede.

Ainda há expectativa de que exista um “grande volume” de vendas em junho e julho, quando o clima atual já deve ter mudado.

“Podemos ter um equilíbrio porque devemos ter uma mudança nisso quando as frentes frias chegarem”, afirmou.

O inverno começa em 21 de junho, e o outono se iniciou em 20 de março.

Dinâmica de preços

Nesse sentido, a companhia ainda lembrou que já há alguns anos passou a ofertar menos produtos pesados de inverno, como casacos e jaquetas, e aumentado a compra de parkas leves e mercadorias com corta-vento.

Ainda houve a entrada de produtos de outono e inverno um mês mais tarde do que no ano anterior, estendendo a exposição nas lojas de roupas de verão.

Há um trabalho de “precificação dinâmica”, com a empresa definindo preços mais competitivos para aqueles itens que vendem menos.

E mais elevados para os com maior procura, disse a direção — isso ocorre fora do período de ofertas tradicionais, quando esse movimento já é comum.

CEAB3 no 1T2024

Adicionalmente, a empresa ainda comentou com analistas que tem mantido um conservadorismo na concessão de crédito.

Assim, o aumento na venda no trimestre veio mais por aumento de volume do que por reajuste de preços.

Desde o terceiro trimestre de 2023, a rede nota uma melhora nas rolagens em todas as faixas de atraso de pagamentos.

Que combinado a uma maior disciplina na concessão de crédito e cobrança, resultou em uma carteira mais saudável neste ano, disse a diretoria.

A receita líquida de vestuário foi de R$ 1,1 bilhão, 22,2% maior que no primeiro trimestre.

Enquanto as vendas em mesmas lojas (em operação há mais de um ano) subiram 21,9%, ao mesmo tempo que a venda de vestuário por metro quadrado cresceu 22,6%.

O lucro líquido atingiu R$ 70,9 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 126 milhões um ano antes.

Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico