Morning call: Copom abre reunião para subir taxa Selic com expectativas de inflação ainda mais desancoradas
O morning call destaca que Gabriel Galípolo lidera a partir desta terça-feira (28) a sua primeira reunião do Copom. Sem surpresas no radar do mercado financeiro, a taxa Selic deve subir para 13,25% ao ano. A decisão será conhecida no começo da noite de quarta-feira (29).
Dessa forma, o comitê de política monetária vai entregar a primeira de duas altas de 1 ponto percentual que foram sinalizadas em dezembro do ano passado. O outro aperto nos juros básicos da economia está previsto para o encontro de março.
Então, os agentes financeiros estarão de olho na avaliação dos cenários doméstico e internacional feita pelo colegiado. E sobretudo nas indicações futuras de Galípolo e colegas.
Expectativas de inflação desancoradas
Antes do primeiro Copom de 2025, o Boletim Focus trouxe notícias distintas. O relatório do Banco Central mostrou que a projeção do IPCA em 2025 acelerou de 5,08% para 5,50%.
Enquanto a previsão para o índice em 2026 avançou de 4,10% para 4,22%.
Portanto, a visão do mercado é de expectativas de inflação ainda mais desancoradas. Muito acima da meta de 3% perseguida pelo BC ao longo do horizonte.
Por outro lado, o Boletim Focus reiterou a tendência de desaceleração do PIB diante da perspectiva de juros altos por mais tempo.
Conforme Itaú e XP, em relatórios, esses fatores devem pesar para que o Copom não antecipe os próximos passos. Em outras palavras, quanto mais a taxa Selic pode subir.
“A política monetária mais restritiva deve impactar a economia com mais força a partir do 2T25. Diante de tal risco, em meio a elevado grau de incerteza, avaliamos que a reação mais provável da autoridade monetária seja não indicar a magnitude dos movimentos para reuniões além da próxima”, afirma o Itaú.
“Acreditamos que o Copom optará por deixar as portas abertas para maio, afirmando que a decisão será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, acrescenta a XP.
Morning call: fechamento na bolsa brasileira
Na última segunda-feira do mês de janeiro, o Ibovespa subiu quase 2%. O principal índice de ações da bolsa conseguiu engatar uma alta firme de 1,97%, aos 124.862 pontos, na máxima do dia. Na mínima intradiária, o índice chegou a tocar os 122.207 pontos.
A reavaliação global do mercado de tecnologia teve como origem a notícia de que a startup chinesa DeepSeek lançou um modelo de tecnologia avançado de IA por um custo bem mais baixo.
Assim, as ações domésticas foram destaque de alta. Caso de Magazine Luiza, que avançou 10,05%, assim como Assaí (+7,64%) e Vamos (+7,24%). Papéis da Vale também apresentaram alta firme, de 1,75%, enquanto as preferenciais da Petrobras (PETR4) tiveram ganhos de 1,47%.
Na ponta contrária, as ações da WEG foram duramente penalizadas, com uma queda de 7,88%.
Morning call: e as bolsas de Nova York?
Já em NY, o pregão foi majoritariamente negativo.
O índice Nasdaq recuou 3,07%; o S&P 500 caiu 1,46%; e o Dow Jones teve alta de 0,65%.
Parte do movimento no mercado acionário americano vem da percepção de que as “valuations” das big techs já estavam em níveis “esticados”.
Assim, o fator técnico já estava posto para uma correção, o que se intensificou com a sensação de que a DeepSeek poderia ser uma ameaça ao domínio das big techs americanas na inteligência artificial.
Bolsas da Ásia têm sinal misto após efeito DeepSeek
As bolsas da Ásia fecharam sem direção comum, com perdas em Tóquio lideradas por ações de chips, seguindo a baixa no setor de tecnologia em Wall Sreet.
As bolsas de Seul e Xangai permanecem fechadas devido ao feriado do Ano Novo Lunar.
O índice Nikkei 225 do Japão fechou em queda de 1,39% a 39.016,87 pontos.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,14% a 20.225,11 pontos, em um dia de negociação mais curto devido ao feriado, com os investidores avaliando o impacto da startup chinesa de inteligência artificial (IA) DeepSeek.
Com informações do Valor Econômico
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