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IF Hoje: Decisões de juros na Europa e balanços de big techs serão os destaques
‘There´s no rest for the wicked’. A “Super Quarta” passou mas a maratona continua com uma enorme agenda de eventos, destaque hoje para os balanços de big techs e as decisões de política monetária no Reino Unido e União Europeia, ambas pela manhã, às 9h e 10h15, respectivamente.
A coletiva de imprensa da presidente do BCE, Cristine Lagarde, acontecerá às 10h45 e deverá ser acompanhada por uma grande quantidade de investidores, diante da expectativa de alta na taxa básica de juros do bloco e dos próximos passos do banco.
No corporativo, destaque para a divulgação do balanço financeiro do Santander Brasil, antes da abertura das negociações na B3, com expectativas ruins do mercado. Nos Estados Unidos, reportarão seus números: Shell (pela manhã), Amazon, Apple, Google, Ford e Starbucks (após o fechamento).
Nos indicadores macro, teremos ainda os dados de inflação no município de São Paulo pelo IPC da Fipe, às 5h e a eleição dos membros da Mesa Diretora do Senado, às 10h. Na China, no fim do dia, teremos o PMI de serviços Caixin.
Eleições no Congresso
Nesta quarta-feira (1), as eleições para Câmara e Senado foram os grandes protagonistas do noticiário nacional, seguidos da decisão de juros pelo Fed e pelo comunicado do Copom.
Arthur Lira (PP-AL) venceu na Câmara com facilidade inédita, faturando a eleição com o recorde de 464 votos, contra os 21 de Chico Alencar (Psol-RJ) e 19 de Marcel Van Hattem (Novo-RS).
No Senado, vitória do também favorito, só que mais apertada. Às 18h18, durante a apuração manual dos votos, o orador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) anunciou o placar de 41 votos para Rodrigo Pacheco, contra 28 de Rogério Marinho, determinando, naquele momento, a reeleição do mineiro na Câmara Alta.
Ao final da apuração, Pacheco teve 49 votos contra 32 de Marinho. Nenhum voto em branco do total dos 81 votos do novo colegiado. O resultado foi celebrado como uma vitória do bloco governista e do presidente Lula contra os opositores e o ex-presidente Jair Bolsonaro, que se empenhou na campanha por Marinho.
Decisões de juros
Aconteceram como o mercado esperava. Nos Estados Unidos, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) elevou a Fed Funds Rate em 0,25 ponto percentual, para uma banda entre 4,50% e 4,75% no ano.
Por lá, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que o banco ficará vigilante e que pretende continuar o ciclo de alta dos juros para puxar a inflação ao centro da meta de 2%.
Aqui no Brasil, às 18h30, o Copom divulgou sua decisão de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, e no comunicado apontou que pretende manter a taxa no nível atual por um tempo maior do que o inicialmente previsto, pois não vê projeções de desinflação no curto prazo.
“O comunicado veio em tom mais hawkish e duro do que o esperado. O comitê adicionou que estão com uma postura mais vigilante e ativa na tomada de decisão sobre os juros e voltou a assumir o leme de forma mais rígida para que, além do controle da inflação, possa fazer um ‘pouso suave’, sem desacelerar tanto a atividade econômica a ponto de gerar uma recessão econômica local”, afirmou o chefe da mesa de operações da Ação Brasil, Idean Alves.
Entre os principais destaques do comunicado, o ambiente externo foi citado como marcado pela perspectiva de crescimento abaixo do potencial, alta volatilidade nos ativos financeiros e um ambiente inflacionário pressionado.
Mercado ontem
Pressionado pelas quedas de Vale, Petrobras e bancos, o Ibovespa recuou na sessão desta quarta-feira e fechou com perdas de 1,20%, aos 112.074 pontos. Na mínima intradiária, o índice à vista tocou os 110.729 pontos, e, na máxima, os 113.598 pontos.
Em Nova York, o S&P 500 avançou 1,05%, aos 4.119 pontos, Dow Jones fechou em leve alta de 0,02%, aos 34.092 pontos e Nasdaq oscilou positivamente em 2%, aos 11.816 pontos.
As commodities pressionaram negativamente o índice, principalmente após a Vale reportar uma produção abaixo da meta no encerramento de 2022. A mineradora caiu 1,23%. Também recuaram CSN (1,46%), Usiminas (2,58%) e Gerdau (2,75%).
Os papéis da Petrobras, relevantes na formação do índice, também apresentavam recuo firme. Os preferenciais caíram 1,23%, já os ordinários recuaram 1,53%.
O petróleo Brent – utilizado pela Petrobras como parâmetro para sua política de preços – fechou em queda de 3,07%, a US$ 82,84 o barril, menor cotação em três semanas, após dados mostrarem que os estoques de petróleo dos Estados Unidos subiram para o maior patamar desde junho de 2021.
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