Morning call: semana chega ao fim com Petrobras e Vale ainda no radar dos investidores

Na agenda de indicadores de hoje, há apenas os dados de serviços de janeiro e a produção industrial de fevereiro dos Estados Unidos

A semana chega ao fim com poucos assuntos no foco da agenda econômica. Esta é a principal conclusão do morning call desta sexta-feira (15).

No radar dos investidores que acompanham a bolsa de valores há apenas os dados de serviços de janeiro, divulgados pelo IBGE, e a produção industrial de fevereiro dos Estados Unidos. É pouco e, assim, a bolsa deve operar olhando pelo retrovisor no último dia da semana.

Ou então começar a digerir a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O encontro que vai determinar a próxima taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) acontece na próxima semana. A taxa atual é de 11,25% ao ano.

Morning call: uma análise grafista para o investidor

Na quinta-feira (14) a Inteligência Financeira publicou reportagem indicando o que o Itaú BBA, a partir de uma análise gráfica, pensa de três empresas diferentes. São elas: Banco Inter (INBR32), Eztec (EZTC3) e Lojas Renner (LREN3). Vale conferir a análise.

Enquanto o dia deve se desenrolar com um olho no passado e outro na próxima semana, a Petrobras (PETR4) segue no foco.

O presidente da companhia, Jean Paul Prates, se manifestou em suas redes sociais indicando que foi do presidente Lula e de seus auxiliares diretos a decisão de reter dividendos extraordinários.

Assim, é importante destacar que o Ibovespa fechou nesta quinta (14) em queda de 0,25%, a 127.689,97 pontos

Já o dólar avançou 0,22%, cotado a R$ 4,9870.

Bolsas da Ásia fecharam em baixa, após PPI dos EUA acima do esperado

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa no morning call desta sexta-feira. Isso após os últimos dados da inflação dos EUA abafarem esperanças de cortes mais agressivos dos juros americanos.

Coreia do Sul, Hong Kong, Taiwan e Tóquio

Liderando as perdas na Ásia, o índice sul-coreano Kospi teve queda de 1,91% em Seul, a 2.666,84 pontos, interrompendo uma sequência de três sessões positivas.

Enquanto isso, o Hang Seng caiu 1,42% em Hong Kong, a 16.720,89 pontos, pressionado por ações de incorporadoras após pesquisa mostrar nova queda nos preços de imóveis na China.

O Taiex recuou 1,28% em Taiwan, a 19.682,50 pontos, e o japonês Nikkei cedeu 0,26% em Tóquio, a 38.707,64 pontos.

A inflação ao produtor (PPI) dos EUA superou todas as expectativas, pesando em Wall Street, que teve perdas modestas ontem. Além disso, aumentando as chances de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) seja mais conservador ao decidir sobre eventuais cortes de juros mais adiante. Por enquanto, continua prevalecendo a hipótese de que a primeira redução de juros nos EUA virá em junho.

China

Na China continental, por outro lado, os mercados ficaram no azul hoje, sustentados por ações de montadores e de tecnologia. O Xangai Composto subiu 0,54%, a 3.054,64 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,94%, a 1.774,68 pontos. Quando os negócios já haviam se encerrado, o regulador chinês de valores mobiliários prometeu endurecer a supervisão dos mercados de capitais e de processos para o lançamento de ofertas públicas iniciais (IPOs) de ações.

Já no fim da noite de ontem (pelo horário de Brasília), o banco central chinês (PBoC) decidiu manter a taxa da linha de empréstimo de médio prazo em 2,5%, sinalizando que não deverá alterar seus juros básicos na próxima semana.

Japão

No Japão, após o fechamento do Nikkei, levantamento preliminar mostrou que as maiores empresas do país deverão conceder este ano reajuste salarial médio acima de 5% pela primeira vez desde 1991. Forte aumento salarial é considerado um importante fator para o Banco do Japão (BoJ) encerrar sua política de juro negativo, adotada há mais de oito anos, na reunião deste mês ou de abril. O BC japonês anuncia decisão de política monetária na terça-feira (19).

Bolsas na Oceania

Na Oceania, a bolsa australiana caiu pelo segundo pregão consecutivo, com a fraqueza de ações de mineradoras. O S&P/ASX 200 teve baixa de 0,56% em Sydney, a 7.670,30 pontos.

Como fecharam as bolsas norte-americanas

As bolsas de Nova York fecharam em queda na quinta (14), após dados de inflação acima do esperado nos Estados Unidos. Os índices do mercado acionário chegaram a mostrar inicialmente resistência ao indicador, que mostrou que a inflação aos produtores norte-americanos subiu bem acima do esperado, mas a aversão ao risco acabou prevalecendo, o que elevou os retornos dos títulos da dívida dos EUA.

Os sinais de persistência das pressões de preços reforçaram, na visão de analistas, a narrativa do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de agir com cautela em relação ao início do ciclo de alívio da taxas de juros. A Nvidia e Tesla esticaram queda na sessão desta quinta, mas outras ações do bloco das “7 Magníficas” subiram.

O índice Dow Jones encerrou a sessão em baixa de 0,35%, a 38.905,66 pontos; o S&P 500 caiu 0,29%, aos 5.150,48 pontos; e o Nasdaq perdeu 0,30%, aos 16.128,53 pontos.

Com informações de Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo