Morgan Stanley rebaixa a recomendação para a bolsa brasileira
A equipe de pesquisa do Morgan Stanley rebaixou sua recomendação para a bolsa brasileira de “overweight” para neutra, alegando “riscos fiscais incrementais em 2023” após analisar os primeiros passos do governo eleito. O banco enxerga o Ibovespa com 125 mil pontos no final do ano que vem (o que corresponderia a uma alta de 20% em dólares).
“A sequência de eventos recentes reduz as chances de uma nomeação ortodoxa para ministro da Fazenda. Com o fiscal ‘mais solto’, as taxas devem se manter mais altas por mais tempo, e os rendimentos reais dos títulos devem minar o aparentemente atraente ‘valuation’ das ações locais. Se ocorrer mesmo um cenário fiscal frouxo, os próximos anos devem ser bons para os ativos de renda fixa brasileiros, mas não para as ações”, afirmam Guilherme Paiva e equipe.
No Brasil, o banco possui uma carteira mais equilibrada com exportadores, cíclicos domésticos e grupos defensivos. Suas maiores apostas estão em mineração, tecnologia da informação, varejo e educação. Na outra ponta, não gostam de empresas estatais. “Nossas principais subponderações estão em energia, bancos e transporte”.
As dez ações preferidas pela equipe na América Latina são: MercadoLibre, Itaú, Porto Seguro, Assai, Weg, Vale, Americanas, Fibra Prologis, Oma e Credicorp.
Por Matheus Prado
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