Lucro do J.P. Morgan salta 52% no 1º trimestre e receita bate recorde; ações disparam no pré-mercado
Os bancos americanos começaram a divulgar seus resultados do primeiro trimestre um mês depois que uma crise abalou o setor. O J.P. Morgan Chase & Co. resistiu à turbulência quando os clientes correram para grandes bancos depois que os regionais Silicon Valley Bank (SVB) e Signature Bank faliram.
O lucro do J.P. Morgan aumentou 52%, para US$ 12,62 bilhões, ou US$ 4,10 por ação, ante estimativas de US$ 3,41 por ação. A receita do J.P. Morgan cresceu 25%, para US$ 38,35 bilhões, recorde trimestral, enquanto analistas esperavam US$ 36,13 bilhões, de acordo com a FactSet.
Após a divulgação dos fortes números do balanço, as ações do bancos avançavam 5,8% no pré-mercado da Bolsa de Nova York, para US$ 136,50, por volta das 9h20 (de Brasília).
Os depósitos aumentaram US$ 37 bilhões em relação a dezembro, para US$ 2,38 trilhões. Pessoas e empresas que buscavam um porto seguro na crise bancária movimentaram seu dinheiro a megabancos como J.P. Morgan.
A receita líquida de juros, a diferença entre o que o banco paga depósitos e ganhos com empréstimos, aumentou 49%, para US$ 20,71 bilhões, um segundo recorde trimestral consecutivo.
A receita do banco de varejo aumentou 35%, enquanto a receita corporativa e de banco de investimento ficou estável em relação ao ano anterior. No banco comercial que atende a empresas de médio porte, a receita saltou 46% e lucro subiu 58%.
O J.P. Morgan informou ainda que provisionou US$ 1,1 bilhão para possíveis perdas com empréstimos.
Leia a seguir