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Banco Central projeta estouro da meta em 2024 e IPCA atingindo 5% em março de 2025
A probabilidade de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) terminar 2024 abaixo do piso da meta é 0% e de ficar acima do teto é 100%, de acordo com estimativas feitas pelo Banco Central (BC) no Relatório de Inflação (RI) de dezembro, divulgado nesta quinta-feira.
Para 2025, a chance de ficar abaixo é de 1% e acima é de 50%. Para 2026, 6% de ficar abaixo e 26%, de ficar acima.
A meta de inflação é de 3% para 2024 e uma meta contínua no mesmo patamar a partir de 2025. O sistema prevê intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
As projeções apresentadas acima usam o conjunto de informações disponíveis até a última reunião do Copom, de 10 e 11 de dezembro.
Esse cenário pressupõe taxa de juros extraída da pesquisa Focus. Já a taxa de câmbio começa em R$ 5,95, “evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC)”.
Por sua vez, “o preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente”.
“Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária ‘verde’ em dezembro de 2024 e de 2025”, diz o BC.
Inflação de 5% no acumulado de 12 meses até março
O BC também informou no relatório que projeta IPCA em 0,58% para dezembro, -0,08% para janeiro, 1,17% para fevereiro e 0,42% para março. Assim, a estimativa é de inflação de 5% nos 12 meses até março.
No trimestre encerrado em novembro, a surpresa inflacionária em relação aos percentuais previstos pelo BC foi positiva em 0,42 ponto percentual.
Adicionalmente, O BC indica que projeta que o IPCA ficará em 3,6% em 2026
PIB do Brasil mais forte
Ainda dentro do Relatório de Inflação, o Banco Central revisou para cima suas projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para 2024 e 2025, mas destacou que permanece uma perspectiva de desaceleração para o próximo ano. As projeções passaram de 3,2% para 3,5% para este ano e de 2% para 2,1% para 2025.
Segundo o documento, a atividade no próximo ano deve ter impacto da inflexão da política monetária em andamento (alta da taxa básica de juros), um grau reduzido de ociosidade dos fatores de produção e a “ausência de forte impulso externo”.
Ao analisar a atividade em 2024, o BC apontou que o “dinamismo” no terceiro trimestre levou a uma nova rodada de revisão para cima das projeções de crescimento.
Segundo o relatório, o PIB no terceiro trimestre manteve-se em um ritmo robusto ao desacelerar menos do que o esperado.
“Assim como nos dois primeiros trimestres do ano, destacaram- se as altas expressivas dos componentes mais cíclicos da oferta, do consumo das famílias e dos investimentos”, apontou o relatório.
O BC também avaliou que os setores da indústria e dos serviços avançaram no terceiro trimestre, enquanto houve recuo na agropecuária. Ainda de acordo com o relatório, apesar de alguma desaceleração, as atividades mais sensíveis ao ciclo econômico apresentaram crescimento forte novamente.
“Entre os setores mais sensíveis ao ciclo econômico, além da indústria de transformação, destacaram-se no terceiro trimestre os crescimentos em serviços de informação, comércio e outros serviços”.
O relatório também aponta que os dados disponíveis sugerem nova expansão da atividade no quarto trimestre, “sem sinais claros de desaceleração relevante”.
Com informações do Valor Econômico
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