Mercado hoje: Ibovespa fecha em queda em dia volátil para ativos globais

Alta dos preços nos EUA reforça a expectativa de que o Fed eleve a taxa de juros uma vez mais em 0,75 ponto percentual

O Ibovespa, que abriu em baixa de mais de 1% e passou a subir junto com as bolsas internacionais, encerrou o pregão no vermelho depois de bastante instabilidade.

O índice é influenciado pelos pares de Nova York e pelos dados de inflação ao consumidor acima da expectativa nos Estados Unidos. Internamente, o dia é de vencimento de opções sobre o Ibovespa, o que amplia a volatilidade do pregão.

O índice da Bolsa de Valores de São Paulo caiu 0,46%, aos 114.301 pontos depois de ter chegado a 115.367 pontos no seu patamar mais alto para o dia.

O volume projetado de negócios para o índice no dia era de R$ 23,12 bilhões.

Inflação nos EUA

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, divulgado pouco antes da abertura da bolsa, veio acima da expectativa do mercado.

O dado preocupou investidores por aumentar a expectativa de aperto monetário mais duro pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA). Há pouco, de acordo com dados do CME Group, 97,8% das apostas para a reunião da autoridade monetária em novembro eram de nova alta de 0,75 ponto porcentual nos juros.

O restante, equivalente a 2,2%, era em apostas de 1 ponto porcentual – algo que não estava no radar antes da divulgação do indicador. As apostas em elevação de meio ponto porcentual foram zeradas.

O CPI fez as bolsas americanas e a brasileira abrirem em forte queda, mas o mercado virou durante o dia após notícias de que o governo do Reino Unido pensava em recuar de um plano de estímulo econômico que fez o mercado de títulos do país entrar em crise, precisando da intervenção do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês).

Com isso – e também com ajuste técnico após os índices tocarem patamares baixos – os ativos estrangeiros passaram a subir.

O Ibovespa acompanhou a alta estrangeira durante algum tempo e chegou a superar os 115 mil pontos, antes de apagar os ganhos no dia mantendo a volatilidade característica dos últimos pregões.

Bolsas da Europa fecham em alta

Os principais índices acionários europeus tiveram uma sessão instável por conta das notícias envolvendo o comportamento dos preços na região e nos Estados Unidos, mas o final acabou sendo positiva para as principais bolsas da Europa nesta quinta-feira. Leia completo aqui.

Eleições no radar

No pregão de ontem, quando as bolsas brasileiras estavam fechadas em razão do feriado de dia de Nossa Senhora de Aparecida, as bolsas de Nova York terminaram em leve queda.

No mercado brasileiro, a agenda é relativamente esvaziada hoje. Investidores devem continuar monitorando o segundo turno da eleição presidencial. Amanhã será divulgada nova pesquisa Datafolha para a presidência da República.

Empresas

No noticiário corporativo, a EzTec reportou R$ 426 milhões em vendas líquidas no terceiro trimestre, alta anual de 72,5%, de acordo com prévias operacionais. Hoje, após o fechamento do mercado, MRV e Cyrela, entre outras construtoras, divulgam prévias operacionais do terceiro trimestre.

A Gol estima prejuízo de R$ 1,80 por ação no terceiro trimestre.

O destaque positivo no pregão foi da Braskem, que saltou acima dos 11% de valorização com a nova proposta da Apollo para aquisição de 100% das ações da empresa.

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