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Ibovespa fecha em alta de 0,44% e volta aos 127 mil pontos; dólar cai mais de 1% e vai a R$ 5,41
O Ibovespa completou sete sessões consecutivas de altas hoje, na medida em que investidores continuam retirando prêmios de risco dos ativos locais e buscando papéis descontados na bolsa.
Em sessão com liquidez limitada por conta de feriado em São Paulo, investidores analisaram o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ao Comitê Bancário do Senado americano.
Ibovespa hoje
No fim do dia, o índice subiu 0,44%, aos 127.108 pontos. Na mínima intradiária, tocou os 125.937 pontos, e, na máxima, os 127.295 pontos.
O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 12,34 bilhões no Ibovespa e R$ 16,24 bilhões na B3.
Investidores deram continuidade ao movimento de retirada de prêmios de risco dos ativos locais hoje, na medida em que enxergam sinalizações menos ruidosas no governo, no Banco Central e na Petrobras.
Ademais, por conta do forte pessimismo que tomou conta dos negócios locais nas últimas semanas, afirmam que o mercado está leve e que os ativos apresentam nível importante de desconto.
“Está melhorando, mas os ativos locais seguem com uma das piores performances do ano. No momento de maior aversão a riscos, os preços apontavam para cenário mais negativo do que os fundamentos indicavam, indicando que tínhamos, e ainda temos, bastante margem para recuperação. Os prêmios existentes na curva de juros e, principalmente, na renda variável, se assemelham aos de momentos piores que o atual”, diz um gestor.
Um profissional de vendas de um banco local concorda que, no curto prazo, os ativos podem continuar se recuperando. “Na ausência de notícias ruins nos próximos dias, os juros podem continuar cedendo, o que daria espaço para a recuperação da bolsa se estender. O grande problema, pensando em um possível movimento de alta mais sustentado, é a falta de dinheiro novo”, diz.
Na sessão, ações sensíveis às taxas continuaram esboçando recuperação. CVC Brasil ON subiu 7,50%, Petz ON avançou 5,08% e Magazine Luiza ON teve ganhos de 4,81%. Empresas exportadoras, como BRF ON (-2,77%), Minerva ON (-1,89%) e Marfrig ON (-1,89%) lideraram as perdas.
Dólar hoje
O dólar comercial encerrou a sessão de hoje em queda forte e registrou a menor cotação de fechamento ante o real desde o dia 24 de junho, apoiado pela postura mais sensível à atividade econômica do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, durante sabatina no Senado dos Estados Unidos.
Aliado à liquidez baixa devido ao feriado da Revolução Constitucionalista em São Paulo, o testemunho de Powell permitiu que o real retomasse a recuperação iniciada na semana passada e anotasse o melhor desempenho dentre as 33 moedas mais líquidas acompanhadas pelo Valor.
O dólar à vista fechou em queda de 1,12%, a R$ 5,4144, próximo da mínima intradiária de R$ 5,4131 e distante da máxima de R$ 5,4777, atingida ainda no começo da sessão.
Já o euro comercial recuou 1,21%, a R$ 5,8550.
A depreciação do dólar ante o real não se repetiu no confronto da moeda americana com dívidas pares, e o índice DXY exibia alta de 0,11%, a 105,115 pontos, por volta de 17h10.
No mesmo horário, o dólar recuava 0,44% ante o peso mexicano; 0,49% ante o peso chileno; e 0,43% ante o peso colombiano.
Bolsas de Nova York
Com os participantes do mercado atentos aos sinais emitidos pelo presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, ao ser sabatinado no Senado dos Estados Unidos, as bolsas em Nova York terminaram a sessão perto da estabilidade.
Embora com oscilações entre margens estreitas, a alta dos índices S&P 500 e Nasdaq foi suficiente para levar os indicadores a novas máximas históricas de fechamento, em uma sessão marcada pela boa performance do setor financeiro, diante de sinais de Powell sobre mudanças na regulação bancária.
Em Wall Street, o índice Dow Jones fechou em queda de 0,13%, aos 39.291,97 pontos; e o S&P 500 anotou alta de 0,07%, a 5.576,98 pontos. Já o índice eletrônico Nasdaq subiu 0,14%, aos 18.429,29 pontos.
Entre os setores do S&P 500, o financeiro foi o de melhor desempenho no dia, ao subir 0,65%. Os agentes se mostraram bastante atentos à sabatina de Powell no senado, onde o dirigente defendeu mudanças na regulação bancária, um assunto que ficou no centro das discussões no Senado americano em toda a sabatina.
O índice KBW de bancos americanos encerrou a sessão em alta de 1,52% e, entre as principais instituições financeiras dos EUA, a ação do Citigroup avançou 2,80%; a do Goldman Sachs ganhou 1,73%; e a do J.P. Morgan anotou alta de 1,20%.
Powell também ressaltou, em seu discurso, os riscos de manter os juros elevados por muito tempo para a atividade econômica e o mercado de trabalho, o que levou alguns agentes a enxergarem a mensagem do presidente do Fed como um pouco mais “dovish” (suave).
Nesse sentido, não foi surpresa uma nota alta de algumas ações de tecnologia, embora em ritmo bem mais contido nesta terça-feira. O papel da Nvidia subiu 2,49% e o da Apple ganhou 0,36%.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus caíram nesta terça-feira (9), enquanto os investidores ainda avaliam os possíveis impactos do resultado das eleições legislativas na França, que ocorreram no domingo (7).
O índice Stoxx 600 caiu 0,90%, a 511,76 pontos, o CAC 40, de Paris, cedeu 1,56%, para 7.508,66 pontos, o FTSE 100, da bolsa de Londres, anotou queda de 0,66%, para 8.139,81 pontos, e o DAX, de Frankfurt, recuou 1,28%, a 18.236,19 pontos.
A aliança de esquerda Nova Frente Popular frustrou a extrema direita e garantiu o maior número de assentos no Parlamento francês. Contudo, o fato de nenhum dos grupos ter conseguido a maioria absoluta preocupa analistas, que temem dificuldades na aprovação de projetos e uma instabilidade política na França nos próximos meses.
Entre as ações, um dos destaques negativos do dia foi a britânica Indivior, que fechou em queda de 36%, após reduzir suas projeções de lucro para o ano. Outros destaques negativos desta terça foram a Novo Nordisk, que caiu 2%, e a BP, que recuou 4,30%.
Hoje, os agentes também acompanharam o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), no Senado dos EUA. Em sua fala, o presidente destacou que, embora as condições atuais ainda não permitam o início de um ciclo de corte de juros, os últimos dados de inflação dos Estados Unidos mostraram um progresso em direção a meta de 2%.
Com informações do Valor Econômico
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