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Cenário exterior impulsiona Ibovespa, que sobe 1,26% e retoma 120 mil pontos; dólar cai mais de 1% e vai a R$ 6,11
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A dinâmica global mais favorável para ativos de risco na sessão de hoje deu suporte para o Ibovespa retomar os 120 mil pontos.
O índice terminou o dia em alta de 1,26%, aos 120.022 pontos, oscilando entre os 118.534 pontos e os 120.322 pontos, em linha com o pregão mais positivo na Europa e na maior parte dos principais índices americanos.
Ibovespa hoje
Mesmo em um cenário de manutenção das preocupações fiscais de agentes financeiros com as contas públicas do Brasil, a dinâmica vinda do exterior de maior busca por risco prevaleceu na sessão.
O movimento foi reflexo de matéria do jornal “The Washington Post” que trouxe que o próximo governo de Donald Trump estuda aplicar tarifas de importação a produtos críticos, e não de forma universal, como ventilado anteriormente.
A informação foi negada por Trump horas depois.
Os mercados chegaram a devolver parte do alívio visto mais cedo com a reportagem, mas voltaram a melhorar na sequência.
Um possível abrandamento das tarifas americanas contra produtos de outros países teve forte efeito sobre a curva de juros local e sobre ações mais cíclicas, que subiram em bloco, caso de Yduqs (+10,32%), Carrefour (+9,98%), Petz (+6,47%) e Magazine Luiza (+6,23%).
O destaque, porém, ficou por conta das ações da Azul, que avançaram 14,67% em um dia de alívio do dólar e dos preços do petróleo, além de notícias de acordo sobre a reestruturação do passivo da aérea.
O volume financeiro do índice foi de R$ 14,6 bilhões e de R$ 18,9 bilhões na B3.
Dólar hoje
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O dólar à vista exibiu forte depreciação contra a moeda brasileira na sessão desta segunda-feira.
O que explica essa melhora no mercado de câmbio doméstico foi o enfraquecimento global da moeda americana.
Isso ocorreu tanto por conta de uma desvalorização do índice DXY (a referência global) quanto pela procura maior por ativos de risco (moedas emergentes particularmente).
Isso em meio à percepção de que o novo governo de Donald Trump pode não adotar medidas tão rigorosas de tarifação a produtos importados – ainda que o republicano negue.
Terminadas as negociações, o dólar comercial fechou negociado em queda de 1,14%, cotado a R$ 6,1109, depois de bater na mínima de R$ 6,0927 e encostar na máxima de R$ 6,1538.
Os melhores desempenhos contra o dólar vieram de moedas de mercados emergentes, da relação das 33 divisas mais líquidas.
Perto das 17h10, o dólar recuava 1,49% ante o peso mexicano e 1,20% contra o zloty polonês. Já o índice DXY recuava 0,67%, aos 108,221 pontos.
Bolsas de Nova York
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Os principais índices de ações em Nova York fecharam em direções opostas nesta segunda-feira.
Enquanto o Dow Jones fechou perto da estabilidade, o S&P 500 encerou no positivo e o Nasdaq avançou mais de 1%, impulsionado pelo rali das ações de tecnologia.
As bolsas desaceleraram os ganhos vistos mais cedo, após Lisa Cook, diretora do Federal Reserve (Fed), dizer que o mercado de ações está suscetível a uma “grande queda”.
No fechamento de hoje, o índice Dow Jones caiu 0,06% aos 42.706,56 pontos; o S&P 500 subiu 0,55%, aos 5.975,38 pontos e o Nasdaq avançou 1,24%, aos 19.864,98 pontos.
Entre os setores do S&P 500, os principais destaques positivos foram tecnologia e serviços de comunicação.
As ações da Nvidia subiram 3,43% e as da Meta avançaram 4,23%. Liderando os ganhos do Nasdaq, as ações da Microstrategy dispararam 11,61%.
Mais cedo, a empresa de software anunciou ter comprado US$ 101 milhões em bitcoin como parte da estratégia de acumular reservas da criptomoeda.
No campo negativo, por outro lado, o setor imobiliário e itens básicos de consumo apresentaram as maiores quedas.
Bolsas da Europa
As bolsas da Europa fecharam em alta nesta segunda-feira, impulsionadas por índice de gerentes de compras (PMI) melhores do que o esperado.
A única exceção foi o índice FTSE, de Londres, que apresentou apenas uma alta modesta, após os dados da economia britânica divulgados hoje não agradarem o mercado.
O índice Stoxx 600 subiu 0,83%, aos 512,41 pontos.
O FTSE, da Bolsa de Londres, fechou em leve alta de 0,12%, aos 8.234,08 pontos, e o DAX, de Frankfurt, avançou 1,53%, aos 20.209,98 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, subiu 2,24%, aos 7.445,69 pontos.
Mais cedo, o PMI de serviços da zona do euro subiu para 51,6 em dezembro, acima do 49,5 de novembro.
Um número acima de 50 sinaliza expansão na atividade do setor, enquanto um valor abaixo dessa marca indica contração.
No Reino Unido, o mesmo indicador subiu de 50,8 pontos em novembro para 51,1 pontos no mês passado.
O PMI composto, no entanto, caiu de 50,5 para 50,4, na mesma base comparativa.
A pesquisa do Reino Unido também mostrou que empregadores reduziram o número de funcionários na maior taxa em quase quatro anos, devido à queda na confiança empresarial.”
A série de choques às empresas, na forma de aumentos fiscais orçamentários, tensões geopolíticas e a eleição de Trump, que apoia tarifas, continuou a pesar sobre o sentimento em dezembro”, comenta a Pantheon Macroeconomics, em nota.
No entanto, a casa projeta que o PMI deve crescer em 2025, “à medida que o orçamento impulsiona os gastos e o crescimento”, afirma o economista-sênior do Reino Unido, Elliott Jordan-Doak.
Com informações do Valor Econômico
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