Fundo de infraestrutura XPID11 cai 8%, após Moody’s rebaixar ativo de energia

Agência de classificação citou frustração com estrutura de capital dos projetos de geração de energia da Oxe, principal integrante da carteira

O fundo de infraestrutura XPID11, gerido pela XP, teve queda de 8,07% nesta quinta-feira (11), cotado a R$ 76,50.

Como efeito, o fundo passou a ter variação negativa de 8,09% em abril. Em 12 meses, o portfólio ainda tem alta de 6,86%.

A queda veio dias após a Moody’s cortar o rating de projetos da Oxe Energia, para CCC+.br, o que significa maior risco de não pagamento.

A perspectiva para os ratings é negativa.

As debêntures da Oxe, de R$ 105,6 milhões, representam 35% da carteira do XPID11.

“O rebaixamento dos ratings dos projetos da Oxe reflete a incerteza na capacidade de pagamento da parcela do serviço de dívida com vencimento em 15 de junho de 2024 e a possibilidade de que a dívida seja reestruturada”, afirmou a Moody’s no relatório.

A Oxe Participações tem quatro projetos de geração de energia: Bonfim, Cantá, Pau Rainha e Santa Luz.

A agência afirmou que a medida também reflete a frustração sobre a expectativa de equalização da estrutura de capital dos projetos.

Ainda, a Moody’s citou a piora no desempenho operacional dos projetos, com menor nível de despacho das usinas e menor eficiência no consumo da biomassa.

A Oxe tomou um empréstimo de R$ 80 milhões com o BNDES.

A previsão inicial era de que o valor seria pago no mês passado.

Mas o valor segue pendente devido ao atraso na obtenção de fiança bancária.