Rombo do governo em 2024 deve ficar mais perto da meta de déficit zero, indica secretário
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que o resultado primário de 2024, a ser divulgado oficialmente daqui duas semanas, ficará mais próximo do centro da meta (déficit zero) e não do limite inferior da banda, de R$ 28,8 bilhões.
O empoçamento de recursos no último ano, disse Ceron, ficou na ordem de R$ 20 bilhões, o que contribuiu para o resultado primário perto de 0,1% do PIB no último ano. De acordo com o secretário, não fossem algumas perdas de receita no final do ano, o déficit em 2024 teria ficado no centro da meta.
Na última semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo central fechou o ano de 2024 com déficit primário de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), sem levar em conta os gastos com as enchentes no Rio Grande do Sul.
Rombo do governo até novembro
O governo central registrou déficit primário de R$ 4,515 bilhões em novembro de 2024, conforme divulgado pelo Tesouro Nacional. Com isso, no acumulado de 12 meses até novembro, o governo teve déficit de R$ 188,5 bilhões, o equivalente a 1,56% do Produto Interno Bruto (PIB).
Já no acumulado do ano passado, até novembro, o resultado é um rombo de R$ 66,827 bilhões.
Os dados levam em conta Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central (BC) e excluem despesas com a dívida pública.
A meta de resultado primário para 2024 é de déficit zero, com intervalo de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 28,8 bilhões.
No último relatório de avaliação de receitas e despesas, os ministérios da Fazenda e do Planejamento e Orçamento projetavam resultado negativo de R$ 27,7 bilhões.
O resultado de novembro do ano passado foi formado por superávit de R$ 16,655 bilhões do Tesouro, déficit de R$ 21,045 bilhões da Previdência Social e déficit de R$ 124 milhões do BC.
Nos onze primeiros meses do ano passado, por sua vez, o resultado foi de superávit R$ 242,133 bilhões do Tesouro, déficit de R$ 307,799 bilhões da Previdência e déficit de R$ 1,160 bilhão do BC.
Ainda de acordo com os dados do Tesouro, em novembro de 2023, as contas ficaram negativas em R$ 38,071 bilhões. Em 2023 como um todo, por sua vez, houve déficit de R$ 230,535 bilhões (2,12% do PIB).
Com informações do Valor Econômico
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