Quase 90% das empresas do Ibovespa fecharam trimestre no azul

No primeiro trimestre, 26 empresas aumentaram seu valor de mercado, lideradas pelas petroleiras 3R Petroleum, Petrobras e PetroRio, com avanços de 103%, 50% e 36%, respectivamente
Pontos-chave
  • Apesar disso, o valor de mercado desse conjunto de ações caiu 14% em relação ao mesmo período de 2021, para R$ 3,71 trilhões, no fechamento de quinta-feira

Das 88 empresas financeiras e não financeiras que compõe o Ibovespa, principal índice de ações da B3, 76 (ou 86% do total) fecharam o primeiro trimestre com lucro líquido, exatamente o mesmo placar do primeiro trimestre de 2021. Entre as que tiveram lucro nos dois períodos, 40 aumentaram o ganho e 30 diminuíram.

No primeiro trimestre de 2020, marcado pelo início da pandemia de covid-19, 25 empresas fecharam no vermelho, quase 30% do total da amostra. Nesta sexta-feira (20), o Ibovespa subiu 1,39% com alta das commodities; na semana, avanço é de 1,46%.

Com relação às vendas (sem considerar os bancos), 83%, ou 63 empresas, aumentaram a receita e 17%, ou 13 empresas, diminuíram no período. Na comparação do primeiro trimestre do ano passado com o mesmo período de 2020, 11 empresas (15%) haviam tido uma receita de vendas menor, e 86%, maior.

O levantamento feito pelo Valor utiliza a mais recente (20 de maio) composição da carteira do índice, que é revista a cada quatro meses, e compara os resultados dessas empresas, sem considerar as entradas e saídas durante o período.

Segundo a definição da B3, o objetivo do Ibovespa é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de maior negociabilidade e representatividade do mercado de ações brasileiro.

O valor de mercado desse conjunto de ações era de R$ 3,71 trilhões no fechamento de quinta-feira, comparado a R$ 4,32 trilhões no fim do primeiro trimestre do ano passado, queda de 14%.

Nesse período, 26 empresas aumentaram seu valor de mercado, lideradas, sem surpresa, pelas petroleiras 3R Petroleum, Petrobras e PetroRio, com avanços de 103%, 50% e 36%, respectivamente, seguidas pela SLC Agrícola, 32%, representante do agro, outro setor de destaque em meio à alta das commodities.

No pé da lista, também sem surpresa, vem o varejo de Magazine Luiza e Via, com desvalorização de 81% e 75%, respectivamente.

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