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Portabilidade de crédito e PJ estão entre prioridades do open finance para 2025, diz Damaso
O diretor de regulação do Banco Central (BC), Otavio Damaso, disse nesta segunda-feira (16) que entre as prioridades do open finance para 2025 estão a portabilidade de crédito e o desenvolvimento de mais casos de uso para pessoa jurídica.
“Vamos trabalhar nas portabilidades e a de crédito é o carro-chefe”, disse em evento do Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional (Ibrac).
“Vamos começar com produtos mais simples e terminar com o mais complexo, que é o crédito imobiliário.”
Ele destacou que a portabilidade de crédito já existe no país, mas que a jornada é “cheia de fricções”, o que faz com que, na prática, o procedimento não ocorra. A portabilidade de salário, por exemplo, também está na esteira, disse Damaso.
Em relação ao maior uso do ecossistema por empresas, ele frisou que esse é um desafio e que o BC está fazendo, junto à governança do open finance, um diagnóstico sobre o que pode ser feito para alavancar os casos de uso entre pequenas e médias empresas.
Ele destacou que, no Reino Unido, o open finance foi um sucesso entre os pequenos negócios, mas que isso foi puxado também por um objetivo de pagamentos. Aqui, como já há o Pix, o crescimento deverá vir por outros caminhos. “Mas isso vai acontecer e vai ser uma revolução”, afirmou. Damaso vai deixar a diretoria de regulação do BC no final do ano, após quase dez anos no posto.
Estrutura de governança
O diretor comentou que a criação da estrutura de governança definitiva do open finance foi um dos grandes avanços de 2024. “O BC demorou para fazer isso porque existia muita pressão dos diferentes participantes. A gente postergou isso até o momento em que a tubulação estivesse pronta.”
O diretor acrescentou que já houve a constituição da empresa que conduzirá as atividades e a definição dos conselheiros. Agora, está em curso o processo de contratação dos administradores da empresa – do CEO e de dois diretores. Isso deve ser concluído no começo do ano, disse o diretor.
De acordo com Damaso, esse foi o formato que o BC encontrou para dar continuidade aos trabalhos do open finance, considerando também as limitações de pessoal da autarquia. Ele frisou, no entanto, que o regulador acompanhará todas as atividades e pode intervir. “A palavra final é do BC. Se tiver algum desvio do que a regulação definiu, iremos intervir”, disse.
A melhoria da qualidade das informações trocadas entre as instituições é outro objetivo do BC para o ecossistema. No último ano, o regulador já tomou várias medidas nesse sentido. “Este foi o ano de consolidação. A tubulação está pronta e mais casos de uso estão aparecendo”, disse. “Já somos o maior open finance do mundo.”
Damaso disse ainda que a combinação da inteligência artificial com o ecossistema será muito importante para melhorar a leitura e interpretação dos dados pelas instituições participantes.
*Com informações do Valor Econômico
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