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Por que o relatório de empregos dos EUA (Payroll) é tão importante?
O relatório de criação de postos de trabalho nos EUA (payroll) surpreendeu mais uma vez e veio bem acima do esperado. Foram 517 mil vagas de trabalho criadas nos EUA em janeiro, muito acima da perspectiva. O consenso indicava 187 mil novos empregos no país no primeiro mês do ano.
O Payroll, divulgado mensalmente, é um dos relatórios cujas informações norteiam a política monetária, a taxa de juros, definida pelo Fed (o banco central dos EUA). Ele é mais um termômetro da economia americana.
E como as variações dos juros nos EUA afetam o Brasil?
Um dos primeiros efeitos para o Brasil da alta dos juros nos EUA é que investidores tendem a tirar recursos de países em desenvolvimento e direcioná-los aos países ricos, considerados mais seguros.
Quando o Fed sobe os juros, há uma entrada de capitais nos EUA para se beneficiar desses juros maiores. Por mais que os juros lá sejam bem menores do que no Brasil, é um país muito mais confiável para o investidor, do ponto de vista da previsibilidade político-econômica. Assim, a alta de juros leva a uma saída de recursos de países emergentes para o mercado americano.
A alta da taxa de juros nos EUA gera um receio de que a economia americana esteja caminhando para uma recessão. Isso desaceleraria ainda mais todo o resto do mundo, incluindo o Brasil, através das exportações.
Payroll: EUA criam 517 mil vagas de trabalho
O relatório de criação de postos de trabalho nos EUA (payroll) surpreendeu mais uma vez e veio bem acima do esperado. Foram 517 mil vagas de trabalho criadas nos EUA em janeiro, muito acima da perspectiva. O consenso indicava 187 mil novos empregos no país no primeiro mês do ano.
“O crescimento foi generalizado, liderado pelos ganhos em lazer e hotelaria, atividades profissionais e serviços empresariais e cuidados de saúde. O emprego também aumentou no governo, parcialmente refletindo o retorno dos trabalhadores de uma greve”, diz o relatório publicado pelo Bureau of Labor Statistics dos EUA.
Com os números, a perspectiva do mercado é que o banco federal reveja o tom do seu discurso, feito na superquarta, dia 1º, quando Jerome Powell, presidente do Fed, suavizou seu discurso em relação ao aperto monetário para conter a inflação.
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