Pix não será usado como monitoramento da renda, reforça ministro da Casa Civil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta quarta-feira (22) que o Pix não será usado como monitoramento da renda. “O governo sabe que Pix estrutura relações pessoais e de trabalho; não será usado como monitoramento da renda”, afirmou em entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, transmitido pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

O ministro acrescentou que “precisamos fortalecer veículos de rádio, veículos oficiais, para que a informação chegue.”

Nas últimas semanas, uma onda de fake news envolvendo a taxação do Pix invadiu as redes sociais. Em entrevista hoje, Rui Costa pediu que população cheque notícias nos canais oficiais para “não cair no conto do vigário”, ressaltando que 40% da população diz que se informa por grupos de WhatsApp.

“Não se trata de esquerda, direita ou centro, você via [antes] no Brasil debates de mérito. Eram governadores que tinham conteúdo; eram pessoas que tinham seriedade no que falavam. Hoje é lamentável, você olha e não acredita que aquela pessoa se elegeu senador ou deputado. A pessoa não tem um único projeto, só quer lacração”, afirmou Costa.

O ministro não menciona nomes, mas a confusão do Pix começou com o uso de informações falsas sobre instrução normativa da Receita Federal nas redes sociais e replicadas por integrantes da oposição. Um vídeo gravado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) – um dos principais parlamentares apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – viralizou ao dizer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderia taxar o Pix, desencadeando toda uma reação contrária do Executivo.

Com a polêmica, governo acabou revogando a norma da Receita depois, na semana passada, mas editou em seguida uma medida provisória (MP) para deixar claro que o meio de pagamento não seria taxado.

“Você não constrói creches com “likes”, o povo brasileiro precisa fazer uma reflexão sobre isso Na vida real, as coisas têm que ser tratadas com seriedade, não com ‘molequeira’”, disse Costa.

“No bairro de onde eu vim, um bairro popular, a gente chamava essas pessoas de “moleque”. Gente que difunde o pânico não merece respeito e não ajuda em nada”, ressaltou ainda.

*Com informações do Valor Econômico

Leia a seguir

Leia a seguir