PF prende ‘Sheik dos Bitcoins’ após descumprimento de medidas cautelares

Empresário respondia em liberdade acusações de formar pirâmide financeira disfarçada de aluguel de criptomoedas

A Polícia Federal prendeu nesta quinta, em Curitiba, o empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como “Sheik dos Bitcoins”, apontado como responsável por pirâmide e fraudes envolvendo criptomoedas no Brasil e no exterior. Os policiais cumpriram um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão em decorrência de desdobramentos da Operação Poyais, expedidos pela 23ª Vara Federal de Curitiba.

O empresário respondia em liberdade acusações de formar pirâmide financeira disfarçada de aluguel de criptomoedas. A operação apura prática de crimes contra a economia popular e o sistema financeiro nacional, além de estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Entre as possíveis vítimas do esquema está a modelo Sasha Meneghel e o marido, que, segundo a PF, tiveram um prejuízo de cerca de R$ 1,2 milhão.

Segundo a Polícia Federal, a investigação identificou que Silva descumpriu diversas medidas cautelares da prisão impostas pela Justiça Federal, entre elas de que continuaria administrando empresas e carteiras de seu grupo econômico.

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    “A partir de trabalhos policiais, foi possível identificar que o investigado, dias após a deflagração da operação policial, passou a realizar encontros frequentes, em sua residência em Curitiba, com funcionários de suas empresas. Uma das empregadas é a gerente financeira de seu grupo, ao passo que outro empregado identificado é responsável pelo designer gráfico das plataformas virtuais criadas pelo investigado para prática das fraudes”, afirmou a PF em nota.

    Além do descumprimento das medidas cautelares, os policiais constataram encontros frequentes do empresário com o responsável pelo designer gráfico das plataformas na internet. Segundo a PF, isso demonstra que a organização criminosa “continuava ativa e promovendo atos criminosos”.

    Nas investigações, a PF aponta que o grupo desenvolvia e comercializava plataformas e sistemas para terceiros atuarem de forma semelhante de forma irregular. “Com o avanço das investigações, comprovou-se que o sistema virtual usado para tais fraudes foi criado e mantido pela organização criminosa ora investigada”, afirmou a PF.

    A Polícia Federal informou ainda que as investigações da Operação Poyais continuam com o objetivo também de esclarecer a participação dos investigados nos crimes sob apuração, além de rastrear recursos e patrimônio para reparação dos prejuízos às vítimas do esquema.

    Por Toni Sciarretta

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