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Mercado reduz previsão para inflação pela 15ª semana consecutiva
O mercado reduziu, pela 15ª semana consecutiva, a projeção de inflação para 2022, de acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira. A nova expectativa do mercado é de que a inflação de 2022 fique em 5,71%, ainda acima da meta. Já a perspectiva de crescimento da economia se manteve em 2,70%.
Desde agosto, o país vem registrando deflação, quando os preços são reajustados para baixo, de acordo com o IPCA, indicador oficial de inflação. Isso é reflexo do pacote de medidas patrocinados pelo governo, que reduziu preços de combustíveis e energia. O principal projeto foi a mudança no ICMS, que estabeleceu um teto na alíquota cobrada por estados sobre esses itens, com o objetivo de reduzir o preço de gasolina e da conta de luz às vésperas da eleição.
Ainda assim, o resultado da inflação está acima da meta estabelecida para esse ano, que é de 3,5%, com variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, num intervalo entre 2% e 5%.
Já a manutenção do crescimento do PIB, estimado em 2,70%, tem relação com outras medidas do governo para turbinar a economia no período de eleição. Uma delas foi a PEC Eleitoral, que conta com a injeção de R$ 41,2 bilhões na economia por meio do aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 até o fim do ano e outras medidas.
Como esse aumento é temporário – não há previsão de manutenção no próximo ano – seus efeitos positivos também tendem a ser limitados. A incerteza fiscal provocada pela medida acaba trazendo consequências negativas, que podem impactar na inflação e repercutir na redução do crescimento.
Por isso, o mercado projetou para 2023 inflação de 5%, mesma expectativa da semana anterior, e PIB de 0,54%, um leve oscilação de 0,01 p.p. em relação na última semana.
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