Veja as ações do Ibovespa que mais subiram e as que mais caíram no mês da eleição

Dos 92 papéis que compõem o índice, 74 terminaram outubro com ganhos, enquanto 18 registraram queda no período

Apesar da forte volatilidade que marcou o mês de outubro, com os investidores reagindo à eleição presidencial, vencida neste domingo (30) por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Ibovespa acumulou alta de 5,45%. Das 92 ações que compõem o índice, 74 terminaram o mês passado com ganhos, enquanto 18 registraram queda no período. Saiba quais são.

Maiores altas

As companhias que mais subiram foram do setor de petróleo. Beneficiadas pela valorização da commodity no mercado internacional – o tipo Brent acumulou ganhos de 7,81%, enquanto o WTI subiu 9,92% no período – 3R Petroleum ON (RRRP3) avançou 30,58% e PetroRio ON (PRIO3) ganhou 28,55%.

Os papéis da Petrobras, no entanto, não acompanharam o movimento por causa do cenário eleitoral. Petrobras ON(PETR3) subiu apenas 0,54% em outubro, enquanto Petrobras PN (PETR4) ficou praticamente estável, com +0,03%. Somente no último pregão de outubro, após o segundo turno, os papéis da estatal cederam 8,47%, a R$ 29,81 (PETR4) e 7,04%, a R$ 33,26 (PETR3). Também nesta segunda-feira, o J.P. Morgan cortou a recomendação de Petrobras de compra para neutra e o preço-alvo de R$ 53 para R$ 37 nas ações ordinárias e preferenciais.

O mercado vê menos probabilidade de privatizações durante o governo petista e tem dúvidas sobre qual será a política de preços de combustíveis.

Na lista de maiores altas, aparecem ainda Braskem PNA (BRKM5), com ganhos de 28,47% em outubro, WEG ON (WEGE3), com +25,33%, Locaweb ON (LWSA3), com +21,44%, e Sabesp ON (SBSP3), com 21,17%. Sobre Sabesp, a expectativa de privatização da companhia na gestão do agora governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), impulsionou os papéis recentemente.

Principais quedas

A lista das maiores quedas do Ibovespa em outubro é encabeçada pelas ações ordinárias da MRV (MRVE3), com perda de 18,04%. Os papéis foram afetados pela prévia operacional da holding MRV&Co, com queda nas vendas e nos lançamentos do terceiro trimestre. Além disso, o Itaú BBA rebaixou a recomendação das ações de compra para neutra e o Citi cortou o preço-alvo de R$ 14 para 13.

A ação da resseguradora IRB Brasil Re (IRBR3) foi a segunda maior desvalorização, com -14,55%. Em outubro, a companhia divulgou resultados preliminares referentes a agosto que mostraram um quadro operacional complicado com queda de prêmios, aumento de sinistralidade e reversão de lucro visto um ano antes para um prejuízo consolidado. Os papéis também vêm sofrendo com a capitalização de R$ 1,2 bilhão realizada no início de setembro. Na operação, o preço do papel foi estabelecido em R$ 1, valor quase 60% abaixo do fechamento no pregão imediatamente anterior à oferta. O papel passou a recuar no mercado secundário para convergir ao preço estabelecido na capitalização e terminou o mês passado cotado a R$ 0,94.

Em terceiro lugar no ranking de maiores desvalorizações em outubro estão as ações ordinárias da Petz (PETZ3), com recuo de 13,86%, em meio a um quadro desfavorável para o setor de varejo, com inflação e juros altos. O mesmo cenário impactou as ações ON da Americanas (AMER3), que perdeu 8,48%, e foi a quarta maior desvalorização no mês passado.

Os papéis ordinários da Vale (VALE3) tiveram a quinta maior queda do Ibovespa em outubro, com −6,82%, influenciados pelos números fracos do balanço do terceiro trimestre da mineradora e pela queda de 17% do minério de ferro em outubro, para o menor nível em três anos.

Assim como Petrobras, as ações do estatal Banco do Brasil ON (BBAS3) foram afetadas pelo cenário eleitoral e acumularam queda de 3,89% em outubro, registrando a sexta maior queda do Ibovespa no mês.

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