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Lula avisa que novo arcabouço fiscal deverá ser divulgado na volta da viagem à China
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou hoje (21) que só deve decidir sobre o novo arcabouço fiscal depois que voltar da China.
Lula ainda disse que não é preciso ter pressa. “É preciso discutir um pouco mais. A gente não tem que ter a pressa que algumas pessoas do setor financeiro querem”, disse em entrevista ao site “Brasil 247”.
Nesta segunda (21), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que esperava anunciar a nova regra fiscal antes de Lula embarcar para a China.
Os planos originais da equipe econômica eram divulgar os parâmetros para as contas públicas brasileiras antes da reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom), que decide amanhã sobre a nova taxa básica de juros do país.
Porém, Lula argumentou que o modelo não pode ser anunciado às pressas e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, precisa estar no país para debater o arcabouço quando este for apresentado.
“Nós embarcamos sábado. O Haddad não pode comunicar uma coisa e sair. Percebe? Seria estranho. Eu anuncio e vou embora. O Haddad tem que anunciar e ficar aqui para debater, para responder, para dar entrevista, para conversar com o sistema financeiro, com a Câmara dos Deputados, com o Senado, com outros ministros, com empresários”.
Lula critica os juros altos
Lula ainda voltou a criticar a taxa de juros do Banco Central e classificou como irresponsabilidade do órgão manter o índice neste patamar.
“É irresponsabilidade do Banco Central manter a taxa de juros a 13,75%. Só quem gosta é o sistema financeiro”, disse Lula.
O presidente afirmou que Campos Neto não tem compromisso com a lei de autonomia do Banco Central.
“Eu acho um absurdo o juro estar em 13,75. O BNDES está sem recurso para investimento.”
Lula critica o presidente do BC
O presidente Lula tem criticado reiteradamente o presidente do Banco Central devido à taxa de juros.
Tanto que Lula afirmou que Campos Neto deve explicações à sociedade por defender a taxa de juros de 13,75% ao ano.
Na semana passada, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou um convite para que o presidente do BC compareça à Casa para falar sobre o tema.
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