Juros futuros caem às mínimas após leilão do Tesouro e puxam dólar para baixo; Ibovespa sobe
Os juros futuros passaram a cair com força e foram às mínimas do dia, puxando o dólar para baixo, em um movimento que ganhou força após o primeiro leilão de títulos prefixados do ano. O Tesouro Nacional vendeu quase a totalidade dos papéis ofertados a taxas mais baixas que o esperado pelo consenso do mercado, o que pode indicar maior demanda pelos papéis da dívida brasileira, em um movimento que ajuda a derrubar adicionalmente parte dos prêmios de risco contidos na curva a termo.
O lote dos papéis ofertados pelo Tesouro foi bastante relevante e incluiu 2,5 milhões de NTN-Fs, títulos prefixados de longo prazo, que costumam ser mais demandados por investidores estrangeiros. Assim, a demanda mais forte pelos títulos brasileiros também ajuda a reduzir os prêmios no mercado de câmbio, o que leva o dólar a cair frente ao real.
Por volta de meio-dia, a taxa do DI para janeiro de 2027 caía de 15,41% no ajuste de ontem para 15,24%; a do DI para janeiro de 2029 recuava de 15,27% para 15,095%; e a do DI para janeiro de 2035 cedia de 14,62% para 14,53%. No mercado de câmbio, o dólar recuava 0,43%, a R$ 6,0826. Jà o Ibovespa, que rondava a estabilidade, passou a subir, ganhando 0,22%, aos 119.888 pontos.
Segundo o tesoureiro de uma grande instituição local, o mercado havia “puxado” os juros para cima antes do leilão, em um movimento que acabou revertido após a divulgação do resultado. “O leilão veio grande, mas claramente tinha demanda. Saiu todo o lote e a curva ainda fechou [caiu] uns 13 pontos-base”, aponta.
O profissional, que fala em condição de anonimato, aponta que já há uma mudança de postura por parte do Tesouro e a sinalização é de que o órgão irá emitir mais prefixados e títulos atrelados à inflação neste ano, além de buscar reduzir a parcela de LFTs na composição da dívida.
*Com informações do Valor Econômico
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