O índice de preços de gastos de consumo pessoal, que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) usa para sua meta de inflação, subiu 0,6% em maio ante o mês anterior e avançou 6,3% na base anual.
Os hábitos dos consumidores estão sendo observados de perto enquanto o Fed considera até onde precisará ir com o aumento das taxas de juros para conter a inflação. Os preços altos e a desaceleração prevista na atividade econômica por causa das ações do Fed já levaram ao nível mais baixo já registrado de sentimento do consumidor na semana passada, de acordo com o índice da Universidade de Michigan.
O mau humor entre os consumidores é um mau presságio para as perspectivas da economia dos EUA de evitar uma recessão, já que os gastos das famílias representam cerca de 70% da produção econômica dos EUA.
O núcleo do índice de preços, que exclui componentes voláteis de alimentos e energia, aumentou 0,3% em maio. A alta foi de 4,7% em relação ao ano anterior, o menor ganho desde novembro e após um avanço de 4,9% no acumulado até abril.
Os gastos do consumidor continuam a ser apoiados por um mercado de trabalho apertado. Embora o crescimento do emprego esteja desacelerando, a demanda por mão de obra continua forte, com 11,4 milhões de vagas de emprego no final de abril.
Um relatório separado publicado pelo Departamento do Trabalho mostrou que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram 2 mil pedidos na semana passada, totalizando 231 mil pedidos.
Ibovespa tem forte queda e dólar sobe
O Ibovespa tem forte queda enquanto o dólar opera em alta ante o real no início desta quinta-feira. Os ativos domésticos são pressionados pelo cenário mais adverso no exterior, onde tanto as bolsas quanto commodities importantes apresentam desempenho negativo.
As preocupações sobre a desaceleração da economia global mais à frente, com possibilidade de uma recessão, continuam prejudicando os mercados. Na cena interna, os investidores seguem monitorando o noticiário fiscal.
A movimentação do câmbio ainda deve sofrer influência da formação da Ptax de fim do mês.
Ibovespa: queda de 1,31%, aos 98.312 pontos
Dólar: alta de 1,12%, negociado a R$ 5,2503