IF Hoje: Economia cresce 4% ante o 1° tri do ano passado; resultado foi impulsionado pelo agronegócio que teve a maior alta desde 1996
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Taxa trimestre contra trimestre imediatamente anterior 1,9%
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Taxa trimestral (em relação ao mesmo período do ano anterior) 4%
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Taxa acumulada em quatro trimestres (em relação ao mesmo período do ano anterior) 3,3%
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,9% no 1º trimestre deste ano, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (1). O dado veio acima do esperado pelo mercado. As estimativas dos economistas giravam em torno de um PIB crescendo mais de 1% no primeiro trimestre deste ano.
Em valores correntes, o PIB para o primeiro trimestre do ano totalizou R$ 2,6 trilhões no trimestre.
O resultado foi impulsionado, principalmente, pela agropecuária, que teve uma alta de 21,6% no período, na maior alta para o setor desde o quarto trimestre de 1996.
Em relação ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 4,0%. Enquanto isso, no acumulado dos quatro trimestres terminados em março de 2023, a alta foi de 3,3% na comparação com os quatro trimestres imediatamente anteriores.
Índices de destaque na bolsa em maio
Dentre os índices negociados na B3, a bolsa brasileira, o destaque de maio foi o IMOB. O índice da B3 acompanha os papéis de companhias como Cury, Eztec, e Gafisa e liderou o ranking das aplicações. Em maio, o IMOB valorizou 17,11% — em abril, o índice avançou 6,84%.
Da mesma maneira, outro destaque no mês foram os papéis que compõem o Índice Small Caps — grupo das empresas brasileiras de menor porte negociadas na bolsa. Esse conjunto de ações valorizou 13,54%.
Ainda assim, na lanterna das aplicações do quinto mês do ano ficou o bitcoin. A criptomoeda mais famosa do mundo desvalorizou 4,33% em maio.
Câmara aprova MP da reestruturação dos ministérios
A Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (31), por 337 votos a 125, a medida provisória (MP) da reestruturação dos ministérios com o esvaziamento das Pastas do Meio Ambiente, Povos Indígenas e Desenvolvimento Agrário em relação à proposta original do governo Lula (PT).
Houve uma abstenção. Agora a matéria segue para o Senado, que deverá analisar o texto nesta quinta-feira (1).
Agenda
- Pesquisas PMI Industrial nos seguintes países: Índia, Espanha, Suíça, Itália, França, Alemanha, Zona do Euro, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, México e Brasil.
- No Brasil, haverá a divulgação da nova leitura do PIB do 1º trimestre e da balança comercial do mês de maio.
- Zona do Euro vai reportar o IPC de maio, seus núcleos e a taxa de desemprego no bloco. A última estava em 6,5%.
- BCE publica a ata da última reunião de definição de juros
- Nos Estados Unidos, pedidos de seguro-desemprego da semana anterior
Mercado ontem
O Ibovespa acumulou sua terceira queda consecutiva nesta quarta-feira (31), pressionado pelas quedas das empresas ligadas às commodities, na medida em que a demanda chinesa segue incerta, e do setor financeiro, que segue frágil aos olhos dos investidores.
No fim do dia, o Ibovespa caiu 0,58%, aos 108.335 pontos. Na mínima intradiária, o índice à vista tocou os 108.193 pontos e, na máxima, os 109.137 pontos.
No acumulado de maio, porém, o índice acumulou alta de 3,74%, impulsionado pela rotação para ações sensíveis à economia doméstica.
O dólar comercial exibiu apreciação de 0,61%, a R$ 5,0731, depois de ter atingido a mínima de R$ 5,0553 e a máxima de R$ 5,1273.
A valorização da moeda americana ontem se deu em uma sessão marcada por mais dados fracos na China, que acabaram penalizando as commodities e, consequentemente, as moedas ligadas a tais bens primários.
A apreciação da moeda americana também ocorreu após a divulgação de dados mais fortes do mercado de trabalho dos Estados Unidos.
No acumulado de maio, a moeda americana avançou 1,72%.
BRF sobe quase 12% após notícia de aporte da Marfrig e de fundo árabe
Após a divulgação que a dona das marcas Sadia e Perdigão, a BRF, irá receber um aporte de R$ 4,5 bilhões da Marfrig e do Fundo Soberano da Arábia Saudita (Salic) por meio de subscrição de novas ações, os papéis da companhia dispararam.
De acordo com o fato relevante, a ação emitida (BRFS3) no aumento de capital terá preço máximo de R$ 9,00, o que representa um prêmio de 24% em relação ao fechamento de terça, R$ 7,27. O acordo prevê que Marfrig e Salic coloquem, cada um, R$ 2,25 bilhões na BRF. Para isso, serão 500 milhões de novas ações emitidas.
Dessa maneira, no fim desta quarta-feira, as ações da BRF fecharam a R$ 8,13, depois de alta de 11,83%. Já os ativos da Marfrig subiram para R$ 6,64, com ganho de 6,24%.
Pessimismo com China afeta preços de commodities
A piora dos dados econômicos na China nas últimas semanas e o desempenho aquém do esperado no setor de propriedades chinês, que desempenha papel importante no consumo local de aço, levaram pessimismo a analistas, investidores e participantes do mercado de minério de ferro em maio.
Como efeito, a principal matéria-prima do aço encerrou o mês em baixa e voltou aos níveis de preço vistos há seis meses.
Assim, no momento mais crítico, a cotação no mercado transoceânico caiu abaixo de US$ 100 por tonelada. Produtos siderúrgicos também enfrentaram correção.
Ontem, no norte da China, segundo o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights, o minério com teor de 62% de ferro era negociado a US$ 103,20 por tonelada, com desvalorização de 3,1% em um mês.
No ano, a baixa acumulada chegou a 12,1%.
De acordo com o analista Daniel Sasson, do Itaú BBA, o recuo de maio está associado a estatísticas mais fracas no setor de construção na China.
“Dados relativos a novas construções iniciadas e a venda de propriedades vieram um pouco mais negativos, com desaceleração versus o início do ano”, comentou o especialista.
O mesmo especialista lembra que o setor responde por 30% a 35% de todo o aço consumido na China.
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