À espera do Copom e sem força da Petrobras, Ibovespa cai 0,50%; dólar recua pela 8ª vez seguida e fecha em R$ 5,86
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Em uma sessão de volume bastante reduzido e sem o apoio das ações da Petrobras, o Ibovespa encerrou em queda de 0,50%, aos 123.432 pontos, oscilando entre os 123.278 pontos e os 124.767 pontos.
Ibovespa hoje
O volume financeiro do índice no pregão foi de R$ 11,3 bilhões, bem abaixo do giro financeiro de R$ 14,7 bilhões registrado na média diária ao longo de janeiro, e de R$ 14,9 bilhões na B3.
Em dia de decisão do Copom, investidores aguardam o tom do comunicado para recalibrar as apostas locais.
As ações da Vale fecharam em alta de 0,28%. Após a divulgação dos números de vendas e produção, relatórios com perspectivas mais positivas para a mineradora ajudaram o papel a subir com mais intensidade ao longo do dia, mas o movimento perdeu força no fim do pregão.
Já as ações PN da Petrobras tiveram queda de 0,62%, em um dia de recuo nos preços do petróleo e de dúvidas sobre a governança da companhia em meio à defasagem dos preços de combustíveis.
Horas antes da decisão do Copom, o comunicado do Fed chegou a piorar a performance dos ativos locais, mas um discurso lido como mais neutro feito pelo presidente do Fed, Jerome Powell, na sequência, reduziu um pouco a pressão sobre o mercado local.
Dólar hoje
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O dólar à vista encerrou a sessão perto da estabilidade, em leve queda.
Com o pregão de hoje, a divisa americana acumulou oito sessões seguidas de desvalorização frente ao real, caindo neste período 3,30%.
As negociações desta quarta-feira foram marcadas pela ausência de um orientador para os negócios, deixando o câmbio estável em boa parte do dia.
Nem mesmo a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) e comentários do presidente da autarquia, Jerome Powell, mudaram a direção da moeda americana no mercado brasileiro.
Operadores continuam com a leitura de que a ausência de notícias tem beneficiado o real, que estaria se recuperando da forte queda do fim de 2024.
Encerradas as negociações, o dólar à vista fechou negociado em queda de 0,06%, a R$ 5,8656, na oitava sessão seguida de depreciação.
A última vez em que o dólar teve oito sessões de queda seguidas foi em março de 2022, mas daquela vez a moeda americana caiu 8%.
Na sessão de hoje, o dólar à vista bateu a mínima de R$ 5,8427 e encostou na máxima de R$ 5,8877.
Já o euro comercial exibiu retração de 0,20%, a R$ 6,1103.
Perto das 17h15, o índice DXY tinha leve alta de 0,04%, aos 107,906 pontos.
Bolsas de Nova York
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As bolsas de Nova York fecharam a quarta-feira em queda ainda sob efeito do forte movimento de aversão ao risco e venda de ações de tecnologia.
Movimento que se seguiu ao advento da startup chinesa DeepSeek, que informou ter conseguido desenvolver produtos de IA a um custo bem menor que as big techs americanas e com menor uso de energia.
A manutenção dos juros estáveis pelo Federal Reserve (Fed) no intervalo de 4,25% a 4,5% também pressionou as empresas do setor imobiliário, diante da manutenção de hipotecas mais altas em consequência.
Também pesou nas ações a falta de sinais na coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o banco central irá cortar os juros novamente em breve.
No fechamento, Dow Jones caía 0,31% a 44.713,52, pontos, S&P 500 recuava 0,47% a 6.039,31 pontos e Nasdaq perdia 0,51% a 19. 632,32 pontos.
O setor de tecnologia caiu 1,09% e o imobiliário recuou 1,19%.
Nvidia foi uma das maiores perdas do setor de tecnologia com queda de 4%, depois de relatos que a administração Trump pretende impor restrições adicionais às vendas de chips da empresa para China.
Tesla recuou 2,50% e Microsoft perdeu 1%.
As ADRs da ASML subiram 4,28% recuperando parte das perdas dos últimos dias depois de registrar vendas e novos pedidos mais fortes que o esperado.
As ações da Apple também subiram 0,46% mesmo com a casa de análises Oppenheimer reduzindo sua recomendação. O balanço do quarto trimestre da Apple será divulgado amanhã.
Bolsas da Europa
Os principais índices acionários europeus encerraram o dia em alta, em sua maioria, com destaque para o avanço nas ações de semicondutores, enquanto o setor de luxo recuou e levou a bolsa de Paris para baixo.
Os investidores aguardam ainda a decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).
O índice Stoxx 600 fechou em alta de 0,47%, a 534,09 pontos.
O DAX, de Frankfurt, avançou 0,97%, a 21.637,53 pontos.
O FTSE, da bolsa de Londres, teve alta de 0,28%, para 8.557,81 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, caiu 0,32%, para 7.872,48 pontos.
As ações da ASML subiram quase 4%, após a empresa reportar resultados trimestrais acima do previsto.
Já os papéis da LVMH recuaram 5,1%, após a companhia divulgar crescimento nas vendas menor que o de seus pares, prejudicando as esperanças de que o setor de luxo pudesse estar se recuperando após meses de demanda lenta.
Além disso, investidores esperam que o Fed mantenha sua taxa de juros inalterada.
“A demanda de Donald Trump de Davos ‘de que as taxas de juros caiam imediatamente’ provavelmente não será atendida”, diz o Commerzbank, em relatório.
“A orientação de [Jerome] Powell na coletiva de imprensa será fundamental. Embora o presidente do Fed deva ser inflexível em não ceder às demandas de Trump, vemos pouco espaço para surpresas ‘hawkish’ (propensas ao aperto monetário)”, afirma o banco.
“Powell deve manter a porta aberta para novos cortes de taxas se a dinâmica da inflação permitir.”
Com informações do Valor Econômico
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