Haddad reitera intenção de Lula de isentar IR para quem ganha até dois salários mínimos
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orientou a equipe econômica do governo federal a elevar para dois salários mínimos mensais a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) deste ano.
A afirmação foi feita a jornalistas na saída da pasta, em Brasília, antes de participar de evento no Palácio do Planalto.
“Nós estamos considerando essa possibilidade para manter o ritmo de mudança da faixa de isenção”, disse.
Quanto é a isenção do Imposto de Renda em 2025?
O Orçamento deste ano, que ainda não foi aprovado pelo Congresso Nacional, prevê isenção de IR para quem ganha até R$ 2.824. Caso a isenção suba para dois salários mínimos, o limite ficará em R$ 3.036.
Haddad afirmou que o novo limite, se confirmado, será compensado em termos fiscais, mas não quis adiantar quais serão as fontes de compensação.
Segundo o ministro, somente depois da aprovação do Orçamento, o governo federal discutirá com o Congresso a reforma tributária sobre a renda, que prevê aumentar a isenção para quem ganha até R$ 5 mil.
Fake news
Simutaneamente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que está sendo alvo novamente nesta terça-feira de fake news.
“Está circulando com muita força nas redes uma coisa que eu nem sei explicar o que é, mas seria uma taxa ambiental sobre veículos de mais de 20 anos de uso”, disse, referindo-se à simulação de uma matéria de um portal virtual.
Na semana passada, o Ministério da Fazenda divulgou um vídeo em que Haddad afirma que não haverá taxação sobre o Pix ou uma taxação específica sobre pessoas físicas que tenham animal de estimação. O vídeo foi uma resposta a outro vídeo, falso, que circulava nas redes sociais.
Nesta terça-feira, Haddad afirmou que há “um alinhamento das big techs com a extrema-direita” que “consome a energia do governo”.
Regulação das big techs
O ministro disse que, após o vídeo falso da semana passada, “várias pessoas da oposição me prestaram solidariedade, [mas] nenhum bolsonarista”. Ele destacou que a regulação das big techs, nos moldes da proposta apresentada pelo Ministério da Fazenda no ano passado, “é uma orientação” da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
“Todo mundo está se organizando em torno da regulação tanto das big techs quanto das multinacionais”, disse. “Sobre a questão das multinacionais, O Congresso já se manifestou. Agora falta a questão das big techs, mas há um acordo internacional em torno do problema.”
Com informações do Valor Econômico
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