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O que Haddad diz sobre cumprir a meta fiscal?
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo central fechou o ano de 2024 com déficit primário de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso sem levar em conta os gastos com as enchentes no Rio Grande do Sul.
“Com o Rio Grande do Sul, o déficit será de 0,37% do PIB”, disse em entrevista à GloboNews.
A meta de resultado primário para o ano passado, sem levar em conta as despesas com o Rio Grande do Sul, era de déficit zero. Com intervalo de 0,25 ponto percentual para cima e para baixo.
No entanto, o número deverá ser oficializado pelo Tesouro Nacional apenas em fevereiro.
Déficit zero
Ainda na conversa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o resultado fiscal do governo neste ano será o mesmo de 2024. Ou seja, se aproximará da meta fiscal estabelecida, de déficit zero.
Segundo o ministro, as medidas do pacote fiscal aprovado pelo Congresso Nacional possuem “sutilezas” que darão ao governo capacidade para gerir o conjunto de despesas obrigatórias.
Simultaneamente, ele explicou que o crescimento da economia no segundo semestre do ano passado chegou num patamar que “começou a preocupar pelo lado da inflação e pelas contas externas”. Por isso, disse, “foi feito conjunto de medidas de contenção de gastos”.
Essa postura de controle fiscal, garantiu Haddad, vai continuar neste ano. “Tive três horas de reunião ontem com presidente Lula para sermos diligentes [neste ano]”, relatou.
Haddad também falou que o governo tem que se comunicar melhor, de maneira mais eficiente. “Não podemos deixar brechas para os resultados que queremos atingir”, disse.
O ministro afirmou que é preciso olhar além dos dados do resultado primário.
Corte de gastos
Haddad afirmou durante a entrevista que a equipe econômica estuda medidas fiscais o tempo todo. Porém, ele prefere que não seja usado o termo “pacote” para se referir às medidas.
“Medidas adicionais nós não vamos parar de trabalhar. Só se faz isso na Fazenda, mas não quero passar ideia de que vai ter pacote 2, 3. Não é assim que o ministério funciona”, afirmou Haddad em entrevista à GloboNews.
“Temos medidas que serão endereçadas neste ano”, disse, ao se referir à regulamentação das big techs e à implementação do pilar 2 da OCDE.
O ministro reforçou, ainda, que as medidas do pacote fiscal aprovado pelo Congresso Nacional trarão “maior grau de liberdade” para a equipe econômica fazer os ajustes necessários ao longo do ano.
“Medidas aprovadas pelo pacote fiscal darão maior liberdade para contingenciar, para executar de forma mais adequada o Orçamento”, relatou o ministro. Porém, esse tema do contingenciamento ainda não foi tratado com o presidente Lula, relatou.
Ele também voltou a dizer que a prioridade é aprovar o Orçamento desde ano. Para isso, o governo está verificando quais ajustes serão necessários na peça diante do pacote fiscal aprovado. O Orçamento de 2025 ainda está em tramitação no Congresso Nacional.
Com informações do Valor Econômico
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