Governo Lula começa, e mercado quer saber o que é discurso e o que é real sobre contas públicas

Lula prometeu, na posse, que não haverá "gastança"

O terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República começa de fato nesta semana, e existe muita ansiedade no mercado sobre o que foi apenas discurso eleitoral e o que vai se realizar na economia, especialmente no que diz respeito às contas públicas.

Na campanha, Lula fez discurso dizendo que o equilíbrio das finanças do país não é mais importante do que a concessão de benefícios sociais para a população mais pobre. Ao tomar posse, neste domingo (1º), o presidente lembrou as realizações dos seus dois primeiros mandatos, de 2003 a 2010, ressaltando que nunca foi irresponsável com as contas do país para conseguir lançar programas como o Farmácia Popular e aumentar o salário mínimo acima da inflação. “Nos nossos governos, nunca houve nem haverá gastança alguma”, afirmou.

Ao mesmo tempo, deixou claro que pretende aumentar a participação do Estado na economia e colocou a redução da desigualdade como o principal objetivo de seu governo.

“O Brasil é grande demais para renunciar a seu potencial produtivo. Não faz sentido importar combustíveis, fertilizantes, plataformas de petróleo, microprocessadores, aeronaves e satélites. Temos capacidade técnica, capitais e mercado em grau suficiente para retomar a industrialização e a oferta de serviços em nível competitivo”, afirmou. “Os bancos públicos, especialmente o BNDES , e as empresas indutoras do crescimento e inovação, como a Petrobras, terão papel fundamental neste novo ciclo.”

É hora de entender melhor como Lula pretende conciliar novamente investimentos pesados com responsabilidade fiscal, colocar nas contas as probabilidades e reavaliar os preços dos ativos brasileiros.

AGENDA DA SEMANA

Segunda-feira (2)

  • Dia todo – EUA: Mercado fechado por feriado de Ano Novo
  • Dia todo – China: Mercado fechado por feriado de Ano Novo
  • 6h – Zona do Euro: PMI industrial da S&P Global (dezembro)
  • 8h25 – Brasil: Boletim Focus
  • 15h – Brasil: PMI industrial da S&P Global (dezembro)

Terça-feira (3)

  • 6h30 – Reino Unido: 15h – PMI industrial da S&P Global (dezembro)
  • 11h45 – EUA: PMI industrial da S&P Global (dezembro)

Quarta-feira (4)

  • 6h – Zona do Euro: PMI de serviços e composto da S&P Global (dezembro)
  • 9h – Brasil: Índice de preços ao produtor (novembro)
  • 10h – Brasil: PMI de serviços e composto da S&P Global (dezembro)
  • 12h – EUA: PMI industrial do ISM (dezembro)

Quinta-feira (5)

  • 6h30 – Reino Unido: PMI de serviços e composto da S&P Global (dezembro)
  • 9h – Brasil: Produção industrial (novembro)
  • 10h30 – EUA: Pedidos de seguro desemprego (semanal)
  • 11h45 – EUA: PMI de serviços e composto da S&P Global (dezembro)
  • 13h – EUA: Estoques de petróleo bruto

Sexta-feira (6)

  • 7h – Zona do Euro: Índice de preços ao consumidor (dezembro); vendas no varejo (novembro)
  • 8h – Brasil: IGP-DI (dezembro)
  • 10h30 – EUA: Relatório de emprego payroll (dezembro); taxa de desemprego (dezembro)
  • 12h – EUA: PMI não-manufatura ISM (dezembro)