Embraer (EMBR3) atinge cifra recorde de R$ 24,7 bilhões de valor de mercado

Otimismo envolvendo a ação vem aumentando desde a encomenda de até 133 jatos pela American Airlines

A Embraer alcançou R$ 24,7 bilhões em valor de mercado na sexta-feira, um recorde desde sua entrada no Novo Mercado da Bolsa, em 2006.

O otimismo envolvendo a ação vem aumentando desde a encomenda de até 133 jatos pela American Airlines, no início do mês, e cresceu na semana passada, após a companhia divulgar balanço e guidance (projeção) para 2024 considerados fortes pelo mercado.

O fluxo de notícias positivas levou a uma sequência de aumentos no preço-alvo do papel por grandes bancos.

Só neste mês, a Embraer acumula alta de 28,79%, enquanto o Ibovespa cede 1,64% no mesmo período.

Na sexta-feira, a ação ordinária e o American Depositary Receipt (ADR) da empresa brasileira negociado em Nova York avançaram cerca de 8%, diante de visões positivas do JPMorgan e do Goldman Sachs, que elevaram os preços-alvo para R$ 51 e US$ 35, respectivamente, indicando potenciais de valorização de 65% e 41,5% ante o fechamento do dia anterior.

Antes disso, no início do mês, o BTG Pactual incluiu a Embraer em sua carteira recomendada de ações, reiterando-a como top pick (preferência) do setor.

Aeronave da Embraer (EMBR3). Foto: Divulgação

Embraer (EMBR3) recebe encomenda

Em 4 de março, a Embraer recebeu uma encomenda de até 133 jatos da American Airlines, com 90 pedidos firmes para o modelo E175.

Caso todos os direitos de compra sejam exercidos, o acordo superará os US$ 7 bilhões.

Na semana passada, o Morgan Stanley deu largada à sequência de elevações de preço-alvo, ao subir o valor da ADR de US$ 19,50 para US$ 40.

O banco diz que a Embraer “emerge de múltiplos ciclos de investimento e entra em um período de colheita”, sendo vista como um “terceiro player aeroespacial comercial à altura da competição e entrando no duopólio da Boeing e da Airbus”.

Já o Goldman Sachs aponta que a Embraer tem uma posição dominante no mercado de jatos regionais, onde a demanda impulsionada pela substituição de aeronaves está aumentando.

Além disso, tem forte posição no mercado de jatos executivos.

Para o JPMorgan, o valuation (avaliação) da empresa segue atraente, com o valor da empresa em 7,2 vezes o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

As informações do jornal O Estado de S. Paulo e Estadão Conteúdo