Ibovespa cai 0,40% com ruídos políticos e pressão de Trump no petróleo; dólar tem 4ª queda seguida e fecha em R$ 5,92
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Medidas populistas em estudo pelo governo para fornecer alimentos com custo reduzido por meio de rede popular de abastecimento, ventiladas em matéria da agência Bloomberg, voltaram a assombrar o mercado e levaram a uma piora dos ativos domésticos na sessão de hoje.
Com a subida dos juros futuros e sem o apoio de Vale e de Petrobras, o Ibovespa não obteve suporte para terminar no campo positivo e fechou com queda de 0,40%, aos 122.483 pontos, oscilando entre os 122.159 pontos e os 123.958 pontos, em mais um dia de liquidez baixa.
Ibovespa hoje
Depois de iniciar a sessão em estabilidade, o primeiro gatilho negativo para o índice veio no começo da tarde com a declaração do presidente americano, Donald Trump, de que irá pedir à Arábia Saudita e à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para que ambas reduzam os preços de petróleo.
A fala impulsionou perdas nas cotações da commodity e na Petrobras.
As ações PN da petroleira caíram 0,70%, enquanto as ON recuaram 0,92%.
O maior recuo, porém, ficou para os papéis da PetroReconcavo, que tiveram perdas de 5,05%.
O movimento foi acentuado horas depois com a notícia da agência “Bloomberg”.
Apesar da subida de 0,44% nos preços do minério de ferro em Dalian, as ações da Vale fecharam o dia em queda de 0,65%.
Já na ponta contrária, papéis da Marfrig subiram 4,06%, ampliando a leve alta da véspera.
O volume financeiro do índice foi de R$ 14,5 bilhões e de R$ 18,9 bilhões na B3.
Dólar hoje
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O dólar à vista encerrou as negociações desta quinta-feira em queda, a quarta seguida, em meio a um ajuste global de posições.
Já que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, até agora não deu sinais sobre medidas tarifárias contra produtos importados.
Na sessão o dólar chegou a operar abaixo de R$ 5,90, mas voltou acima do patamar diante da notícia da agência Bloomberg sobre um possível programa do governo para reduzir preços de alimentos, conforme indicaram gestores.
Dúvidas sobre como a medida será financiada, em um momento em que a seara fiscal já preocupa os investidores, foi um ponto de preocupação, segundo um operador de câmbio.
Terminadas as negociações, o dólar à vista recuou 0,34%, a R$ 5,9255, depois de ter batido na mínima de R$ 5,8740 e encostado na máxima de R$ 5,9698.
Já o euro comercial registrou desvalorização de 0,33%, a R$ 6,1746.
O real chegou a apresentar a melhor performance do dia, mas encerrou o dia com o 9º melhor desempenho.
Perto das 17h15, o índice DXY, que mede a força do dólar contra uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, caía 0,14%, aos 108,012 pontos.
Bolsas de Nova York
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Os principais índices de ações de Nova York fecharam em alta nesta quinta-feira, revertendo as perdas da abertura.
No começo da sessão, as bolsas davam uma trégua ao rali dos últimos dias, mas foram impulsionadas após o discurso de Donald Trump no Fórum Econômico Mundial de Davos.
Dentre os destaques, ele disse que iria exigir que o Federal Reserve (Fed) reduzisse as taxas de juros “imediatamente”, o que, segundo ele, contribuiu para aumentar o déficit público americano.
O S&P 500 encerrou o dia em seu valor maior de fechamento da história.
Todos os setores do índice ficaram no positivo, com saúde e indústria liderando as altas.
No fechamento de hoje, o índice Dow Jones subiu 0,92%, aos 44.565,07 pontos, o S&P 500 avançou 0,53%, aos 6.118,71 pontos, e o Nasdaq teve alta de 0,22%, aos 20.053,678 pontos.
Bolsas da Europa
As bolsas na Europa novamente fecharam em alta nesta quinta-feira, estendendo os ganhos das últimas sessões.
O mercado acompanha as sinalizações do presidente dos EUA, Donald Trump, ao longo dos primeiros dias de governo sobre como será sua política tarifária.
Enquanto aguarda a decisão do Banco Central Europeu (BCE) na semana que vem, que deve anunciar novos cortes de juros.
Além disso, investidores também repercutem a temporada de balanços.
“Os mercados estão ficando mais atentos às táticas de negociação do presidente Trump, com os investidores aos poucos ignorando sua retórica agressiva sobre tarifas, encarando-a como uma manobra calculada de barganha”, disse o analista da Hargreaves Lansdown, Matt Britzman.
No fechamento, o índice Stoxx 600 subiu 0,45%, aos 530,44 pontos.
O FTSE 100, de Londres, teve alta de 0,23%, aos 8.565,20 pontos, e o DAX, de Frankfurt, acelerou 0,74%, aos 21.411,53 pontos.
Já o CAC 40, de Paris, avançou 0,70%, aos 7.892,61 pontos.
Entre os destaques, as ações da Puma caíram mais de 20%, após a empresa divulgar um lucro abaixo do esperado pelo mercado em seu balanço.
Com informações do Valor Econômico
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