Debêntures da BRK Ambiental têm dobro da demanda e empresa mantém plano de IPO, diz CEO
A empresa de saneamento BRK Ambiental, que presta serviço em mais de 100 municípios brasileiros, teve uma demanda duas vezes maior sobre a debênture emitida no início de novembro, segundo a CEO da companhia, Teresa Vernaglia.
Teresa participou de um painel sobre finance funding no BNDES Day, evento promovido pelo banco de fomento na sede da instituição, no Rio de Janeiro. No evento, a executiva atribuiu o interesse às garantias contratuais e ao projeto modelado pelo banco, e afirmou que a companhia quer realizar uma oferta pública de ações.
“Tudo aquilo que a gente previa do projeto se concretizou. É um projeto sólido e as cláusulas do contrato estão muito bem estruturadas. Tanto que emitimos uma debênture num mercado que não está o melhor e houve demanda de quase duas vezes, por 20 anos, e a um bom preço. E outros virão. Outros leilões, como o do Rio, devem pedir”, disse Vernaglia.
A debênture no valor de R$ 1,95 bilhão tem a finalidade honrar os compromissos do contrato de saneamento na região metropolitana de Maceió, firmado em setembro de 2020, logo após a publicação do novo marco legal. A concessão, com prazo de 35 anos, prevê R$ 2,6 bilhões em investimentos para universalizar os serviços de água e esgoto em 13 municípios. A outorga paga ao governo de Alagoas foi de R$ 2 bilhões.
Segundo Vernaglia, a companhia não abandonou a intenção de fazer uma oferta inicial pública de ações (IPO, na sigla em inglês) e aguarda uma janela para retomar as conversas. O plano, anunciado em junho, não se concretizou por condições de mercado. A CEO nega que o plano tenha relação com uma possível saída da gestora canadense Brookfield, acionista majoritária da empresa.
“Essa é uma estruturação primária, não tem nenhuma operação vinculada com mudança de controle atual. Não muda absolutamente nada e a Brookfield continua extremamente feliz com o investimento que fez”, afirmou.
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