Bolsonaro e Lula derrapam no quarto bloco

No quinto e último bloco, os candidatos fizeram suas considerações finais.

Bolsonaro foi desmascarado por Soraya Thronicke com a afirmação da senadora de que o presidente atendeu suas indicações para cargos em órgãos do governo, ao contrário do que havia sido dito pelo presidente. Mais à frente, Thronicke aproveitou para alegar que esses indicados foram demitidos por Bolsonaro por não aceitarem fazer rachadinha.

Sorteado com o tema da cultura, Bolsonaro convocou a ajuda do Padre Kelmon para questionar a política de cultura do PT, ambos associando cultura com pauta moral e benefícios a artistas. Pregaram para os convertidos.

Lula nadou de braçada ao usar números de seu governo para responder Tebet sobre gastos públicos. Mas o petista continua sem apresentar medidas para a crise fiscal atual.

Agraciado com o tema de agricultura, contudo, Lula desperdiçou a chance de afagar o agro antipetista tocando assuntos sensíveis para esse segmento: o meio-ambiente e indígenas.

D’Avila defende que gasto com habitação esteja no orçamento

Candidato do Novo à presidência da República, Felipe D’Avila, afirmou que o prefeito de Joinville, Adriano Silva, seu correligionário, é exemplo concreto de gestor que vem mudando vida das pessoas com “política importante de regularização fundiária”. Ele defendeu que gastos com habitação estejam previstos no Orçamento e que “o FGTS esteja no bolso do trabalhador”.

Bolsonaro implode aliança com PSDB no MS ao pedir votos para Capitão Contar

O candidato do PL, Jair Bolsonaro, aproveitou seu direito de resposta, concedido durante o quarto bloco do debate da TV Globo, para pedir que os eleitores do Mato Grosso do Sul votem no candidato do PRTB ao governo do Estado, Capitão Contar. A indicação foi feita depois que Bolsonaro ouviu Soraya Thronicke dizer que Bolsonaro abandonou Contar na disputa estadual. Ao pedir votos para Contar, na prática, Bolsonaro implodiu a aliança com o candidato do PSDB ao governo do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel. A chapa foi costurada pela ex-ministra Tereza Cristina, que também integra o bloco.

Em bate bola com aliado, Bolsonaro exalta mudanças na Lei Rouanet e defende voto em Mário Frias

Após “cultura” ser sorteada como tema de sua pergunta, o presidente Jair Bolsonaro (PL) preferiu evitar polêmicas e escolheu o padre Kelmon (PTB) como interlocutor. Em bate bola de aliados, ambos criticaram a Lei Rouanet e o mandatário exaltou mudanças feitas em sua gestão em relação a concessão de verbas para artistas. Ele defendeu ainda que o eleitorado de São Paulo apoie o ex-secretário especial da cultura, Mário Frias.

Simone iguala Bolsonaro e gestões do PT; Lula diz que fala é injusta

Depois que Simone Tebet comparou o governo do presidente Jair Bolsonaro às gestões petistas, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a fala da emedebista é injusta e que, em função de entregas que fez durante seus mandatos, era chamado no Estado da senadora como “pai do Mato Grosso do Sul”.

Mesmo sem ter conseguido formular a pergunta em seu primeiro minuto de interação com o petista, a parlamentar cobrou o motivo de ele não ter respondido o que faria com estatais deficitárias. Após dizer que trabalharia para fortalecer as empresas, Lula destacou que “se tiver estatal que não presta para nada, acabou”.

Soraya mira em Bolsonaro, que rebate: “a senhora gosta de cargos”

Ex-aliada do atual governo, a candidata Soraya Thronicke perguntou se Bolsonaro pretende “dar o golpe”. O presidente disse que Soraya deixou de ser “dócil” com ele porque seu governo não aceitou dar cargos para a senadora. Bolsonaro disse ainda que Soraya “usurpou” seu nome durante a eleição, já que ela era sua aliada na época.

Em sua réplica, Soraya disse que Bolsonaro deu cargos para ela em órgãos, como Ibama e Sudeco. Bolsonaro rebateu: “seus cargos foram retirados e a senhora gosta é de se dar bem”, retrucou. “A senhora está fazendo papel de laranja de alguém”, complementou.

Soraya pediu direito de resposta. “Não sou uma candidata laranja”. Ela disse que se distanciou do governo porque Bolsonaro abandonou bandeiras do combate à corrupção e o modelo econômico liberal. 

Bolsonaro cobra senadoras sobre orçamento secreto e diz que uma delas defendeu ignorar corrupção nos estados durante pandemia

Em direito de resposta, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a dizer que não tem acesso ao orçamento secreto e que, por terem acesso aos recursos, as senadoras Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União), suas adversárias na corrida presidencial, poderiam realocar verbas para áreas que estão necessitando. Ele disse ainda que uma das candidatas defendeu, durante a CPI da Covid, que desvios nos estados durante a pandemia não deveriam ser investigados. 

Soraya se atrapalha, manda abraça ao padre de casamento e Kelmon diz que candidatos precisam de catequese

Ainda no terceiro bloco, em seu terceiro enfrentamento com Padre Kelmon (PTB), Soraya Thronicke (União Brasil) se atrapalhou, enviou abraços ao padre que fez seu casamento e não teve tempo de questionar o adversário. O petebista, por sua vez, usou todo o seu tempo em uma única resposta. Disse ter preocupação com a “sexualização das crianças” nas escolas e disse que outros candidatos e até mesmo jornalistas presentes precisavam de catequese para respeitar um religioso presente. Ele reclamou de ser chamado de “falso padre” e de “estar travestido de religioso”. “Se vocês tratam padre desse jeito, imagina o que vocês não fazem com o povo”, disse o petebista.

Soraya ignorou o adversário e disse que, se for eleito, valorizará os professores.

Leia a seguir

Leia a seguir