Big techs prometem até US$ 500 bilhões em investimentos em inteligência artificial nos EUA
Alguns dos nomes mais proeminentes do mundo em tecnologia prometeram investir até meio trilhão de dólares na construção de infraestrutura de inteligência artificial (IA) nos Estados Unidos.
A joint venture, conhecida como Stargate, é liderada pelo fabricante do ChatGPT, OpenAI, e pelo investidor global em tecnologia SoftBank. Ela construirá data centers para a OpenAI. A empresa de banco de dados Oracle e a MGX, um investidor apoiado pelos Emirados Árabes Unidos, também são parceiras de capital no empreendimento.
As empresas estão comprometendo US$ 100 bilhões com o empreendimento e planejam investir até US$ 500 bilhões nos próximos quatro anos. Os planos, cujos elementos-chave permanecem vagos, foram anunciados na terça-feira (21) em uma cerimônia na Casa Branca com o presidente Donald Trump.
A soma de US$ 100 bilhões inclui projetos que as empresas já anunciaram e iniciaram sob o governo Biden, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
Com a notícia, as ações do SoftBank subiram mais de 10% em Tóquio, enquanto as da Oracle tem alta de 8% no pré-mercado americano.
Apoio a Trump
O valor total — se concretizado — seria grande até mesmo para os padrões do Vale do Silício e ressalta até que ponto as empresas de tecnologia e autoridades governamentais estão apostando na IA como o futuro da economia americana. Também mostra o quanto os executivos de tecnologia querem transmitir seu entusiasmo no início do novo governo.
O diretor-presidente da OpenAI, Sam Altman, o diretor-presidente da SoftBank, Masayoshi Son, e o presidente e diretor de tecnologia da Oracle, Larry Ellison, foram à Casa Branca para o anúncio na terça-feira, o segundo dia do segundo governo Trump.
O primeiro data center da Stargate ficará no Texas. O local, cuja construção começou no ano passado, será operado pela Oracle e usado pela OpenAI, disse uma pessoa familiarizada com o projeto.
As empresas não divulgaram quanto dinheiro cada parceiro contribuiria. A OpenAI levantou bilhões de dólares, mas ainda perde dinheiro. A Oracle tem cerca de US$ 11 bilhões em dinheiro e títulos negociáveis, mas mais ainda em dívidas. O SoftBank tem cerca de US$ 30 bilhões em dinheiro em caixa.
A OpenAI disse que operaria o empreendimento, enquanto o SoftBank o financiaria. A Stargate terá um conselho de diretores separado e contratará um novo diretor-presidente. Son, da SoftBank, será o presidente do conselho de administração.
A Stargate planeja trazer investidores de capital adicionais, disseram pessoas familiarizadas com o assunto. O SoftBank também está planejando levantar dívidas de terceiros para pagar os projetos da Stargate.
A Microsoft, a maior investidora e fornecedora de computação da OpenAI, bem como os fabricantes de chips Arm Holdings e Nvidia, foram nomeados “parceiros de tecnologia” na Stargate, o que significa que estarão envolvidos na criação da infraestrutura da Stargate.
Em um anúncio separado, a Microsoft disse que continuaria a ser a principal fornecedora de computação em nuvem para a OpenAI, mas também permitiria que a startup usasse outros fornecedores caso a caso.
Boom da IA
A OpenAI deu início ao boom da IA moderna quando lançou o ChatGPT em 2022. A popularidade do chatbot forçou as empresas de tecnologia a redesenhar seus planos de produtos e reservar bilhões de dólares para construir sistemas e ferramentas de IA. A maior parte desse dinheiro vai para a construção de data centers para abrigar os racks dos chips caros e poderosos que alimentam os sistemas de IA.
O Goldman Sachs estimou que as empresas, incluindo as gigantes tecnológicas americanas, gastariam cerca de US$ 1 trilhão em despesas de capital nos próximos anos. Isso incluiria grandes desembolsos em data centers, chips e rede elétrica.
Altman tem se reunido com investidores do Oriente Médio para apresentá-los à sua própria iniciativa tecnológica para expandir a capacidade mundial de fabricação de chips. Tal esforço pode exigir vários trilhões de dólares, informou anteriormente o “The Wall Street Journal”.
Com informações do Valor Econômico.
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