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Biden indica Powell para novo mandato como presidente do Fed, diz Casa Branca
O atual diretor-presidente do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos, foi indicado para um segundo mandato à frente da entidade pelo presidente Joe Biden, ampliando uma gestão que começou um tanto por acaso, sobreviveu a críticas ferozes do ex-presidente Donald Trump e agora deixa o ex-banqueiro de investimento a caminho de terminar a maior reformulação da política monetária dos Estados Unidos desde a década de 1970.
A decisão de Biden encerra meses de especulações nos mercados financeiros e nos círculos políticos de Washington sobre um dos mais importantes postos de política econômica do mundo. Além da confirmação do novo mandato de Powell, a Casa Branca informou que Lael Brainard será indicada para o posto de vice-presidente do conselho de governadores do Fed.
Espera-se que o nome de Powell seja aprovado de forma bipartidária no Senado. Dos 84 senadores democratas e republicanos que foram a favor de sua indicação há quatro anos, 68 deles ainda estão no cargo.
Biden pode deixar sua marca no Fed com outras nomeações. Já existe uma vaga em aberto no conselho de governadores do Fed, e o mandato do vice-presidente do Fed, Richard Clarida, terminará em janeiro. Além disso, o mandato de Randal Quarles, vice-presidente de supervisão bancária, expirou em outubro e ele planeja se aposentar no final do ano.
“Se quisermos continuar a construir sobre o sucesso econômico deste ano, precisamos de estabilidade e independência no Federal Reserve — e tenho plena confiança, após a prova de fogo nos últimos 20 meses, que o presidente Powell e Brainard fornecerão a forte liderança que nosso país precisa”, afirmou Biden em um comunicado.
Powell enfrenta um caminho especialmente delicado agora, já que a recuperação da pandemia de covid-19 e a resposta do governo aumentaram drasticamente a demanda e causaram gargalos nas cadeias de abastecimento globais, levando a inflação nos EUA aos níveis mais altos em mais de uma década.
O perigo para o Fed é duplo: as autoridades não querem reagir de forma exagerada, aumentando as taxas de juros e esfriando a economia se os gargalos da cadeia de abastecimento se consertarem com o tempo. Mas eles também não querem reagir de forma insuficiente à medida que os salários aumentam, alimentando um ciclo inflacionário mais tradicional.
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