Benefícios temporários da previdência serão revisados a partir de agosto, diz ministro

Segundo Carlos Lupi, o Ministério da Previdência Social está iniciando um sistema de triagem e de apuração de possíveis irregularidades para realizar as correções

O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, disse nesta sexta-feira (05) que revisão de 800 mil benefícios temporários será iniciada em agosto. Inicialmente, serão analisados o auxílio-doença e parte do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Segundo ele, o ministério está iniciando um sistema de triagem e de apuração de possíveis irregularidades para realizar as correções.

Lupi afirmou ainda que a checagem dos benefícios temporários será retomada e realizada a cada dois anos. A última revisão foi feita em 2019. “Todo mundo que tem mais dois anos de benefício, que não é o permanente, é o temporário, ele tem necessidade de fazer um novo exame para saber se ele continua tendo aquele direito. Então, isso já está começando a ser organizado, isso vai dar em torno de 800 mil pessoas”, destacou Lupi.

O ministro destacou que existem irregularidades na previdência, mas que elas devem ser revistas. “É claro que tem irregularidade, claro que tem. Nós somos humanos. Nós falhamos. […] Aqui no Brasil todo mundo falha, nós temos que corrigir esses erros e nós da Previdência estamos dando uma grande contribuição para a Receita Federal, diminuindo nossos custos, mudando nosso atendimento, tendo mais agilidade”, disse. A revisão nos cadastros deve ser realizada até o final de 2024.

Além disso, o ministro afirmou que olhar os beneficiados como despesa é, no mínimo, insensível. Lupi faz referência a agenda de revisão de gastos do governo que estima economizar cerca de R$ 20 bilhões com o “pente-fino” nos benefícios previdenciários.

Para ele, esse não é o momento de discutir recursos financeiros, e sim as altas taxas de juros e a corrupção no país. “Não somos tribunal de inquisição e não estamos aqui para tirar benefício de quem tem direito”, disse.

Lupi participou da cerimônia de comemoração aos 34 anos do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), na manhã desta sexta-feira (5). O ministro destacou que o governo tem entre 22 a 23% de retorno do que se paga na previdência social, tendo em vista que os beneficiados consomem, geram renda e empregos.

Com informações do Valor Econômico