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Banco da Inglaterra mantém taxa de juros inalterada em 4,75%
O Banco da Inglaterra (BoE) manteve sua taxa de juros inalterada em 4,75%, como esperado pelo mercado, em uma decisão que não foi unânime, com três de nove votos a favor de uma redução de 0,25 ponto percentual, para 4,5%. Na reunião anterior, o banco havia cortado a taxa em 0,25 ponto, após iniciar seu ciclo de afrouxamento monetário em agosto.
“Uma abordagem gradual para remover as restrições da política monetária continua sendo apropriada”, diz o BoE, em comunicado. O banco destaca que o índice de preços ao consumidor (CPI) acelerou para 2,6% em novembro, de 1,7% em setembro, ligeiramente acima das expectativas em grande parte devido à inflação mais forte em bens essenciais e alimentos.
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“A expectativa é de que inflação do CPI continue a subir ligeiramente no curto prazo”, diz. Além disso, a maioria dos indicadores da atividade econômica de curto prazo do Reino Unido diminuiu, com crescimento anual dos salários no setor privado aumentando consideravelmente nos três meses até outubro. “Continua existindo uma grande incerteza em relação aos acontecimentos no mercado de trabalho.”
O BoE afirma ainda que monitora o impacto sobre o crescimento e as pressões inflacionárias das medidas anunciadas no orçamento britânico, além das tensões geopolíticas e da incerteza em torno da política comercial. “Esses acontecimentos geraram incertezas adicionais em relação às perspectivas econômicas.”
Por fim, o banco repetiu que a política monetária precisará continuar restritiva por tempo suficiente até que os riscos de a inflação voltar de forma sustentável à meta de 2% no médio prazo tenham se dissipado ainda mais. Além disso, o BoE enfatizou que o grau apropriado de restrição da política monetária será decidido a cada reunião.
Os três membros dissidentes da decisão são Swati Dhingra, Dave Ramsden e Alan Taylor. Segundo a ata da reunião, eles consideram que dados recentes apontaram para uma demanda lenta e um mercado de trabalho enfraquecido, agora e no próximo ano, fatores que exerceriam pressão adicional para baixo sobre a demanda, os salários e os preços.
*Com informações do Valor Econômico
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