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ANS deve anunciar reajuste de planos de saúde hoje; valor será entre 15% e 16%
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deve anunciar nesta quinta-feira (26/5), a partir das 14h, o reajuste de planos individuais. O tema será definido numa reunião extraordinária. A expectativa é de que o reajuste fique entre 15% e 16%, um dos maiores dos últimos anos.
O presidente da agência, Paulo Rebello, afirmou ao JOTA que o percentual será aplicado de uma vez. “Há uma previsibilidade nesta área e é muito importante que seja respeitada”, disse.
Rebello teve o cuidado nos últimos dias de conversar com integrantes do governo sobre o percentual do reajuste. O tema foi debatido com os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil) e Marcelo Queiroga (Saúde), com o secretário-executivo da Saúde, Daniel Pereira, e com a equipe do Ministério da Economia. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, também foi informado. Nos encontros, o presidente da ANS mostrou que as previsões feitas pelo setor de saúde suplementar estavam muito próximas do valor que será anunciado hoje.
Rebello ressaltou que há uma fórmula a ser seguida. Ponderou, ainda, que os planos de saúde tiveram no último ano um impacto importante nos gastos. Ele destacou ter havido aumento na procura por serviços de saúde, represada em 2020, por causa do período mais crítico da pandemia e pelo aumento dos produtos de saúde. “Vivemos um momento de inflação. Isso pesa também nas contas das empresas.”
Ao longo dos últimos meses, foram feitas sugestões para adiar o aumento para o segundo semestre. ”Deixei claro que isso impactaria muito o setor, sobretudo empresas menores, que representam 80% do mercado”, disse Rebello. “Num momento de concentração de mercado, tal adiamento poderia acelerar ainda mais esse processo”, complementou.
Rebello disse também que a cobrança de valores retroativos poderia ainda pesar na conta de usuários dos planos. Outro argumento usado por Rebello é que, ano passado, houve uma redução das mensalidades. “Na prática, em dois anos, o aumento dos planos será de 6%”, destacou.
(Por Lígia Formenti, editora e analista de saúde do JOTA)
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