Ações de petroleiras têm perdas com pressão de Trump por recuo nos preços da commodity

Os papéis de petroleiras apresentam queda na tarde de hoje, impulsionados pela declaração do presidente americano, Donald Trump. Durante participação remota no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o republicano disse nesta quinta-feira que irá pedir para a Arábia Saudita e membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para “reduzirem o preço do petróleo”. A medida, na visão do republicano, poderia diminuir a pressão inflacionária sobre as economias e as taxas de juros ao redor do mundo.

Por volta das 15h, as ações da PetroReconcavo apresentavam queda de 3,36%, na segunda posição entre as maiores desvalorizações da bolsa, atrás apenas de MRV, que caíam 5,33%. Já os papéis da Prio recuavam 2,47%, enquanto as ações da Brava tinham perdas de 2,53%. As ações PN da Petrobras, por sua vez, caíam 0,46% e as ON recuavam 0,80%.

O sócio e gestor da RPS Capital, Thalles Franco, avalia que o preço do petróleo perto de US$ 80 é algo que incomoda Trump e que as opções que o republicano possui na mesa hoje para elevar a oferta e reduzir o preço do petróleo envolvem aumentar a produção interna e pressionar outras nações a incrementarem a oferta. “Ele vai tentar fazer os dois. Por isso, achamos que o preço tende a cair”, observa.

O executivo lembra que uma queda nos preços de petróleo não é positiva para ações de petroleiras, mas que avalia que o nível do valuation de companhias como PetroReconcavo e Prio está tão barato que isso deveria reduzir a correlação entre o preço do petróleo e o valor das ações, dado que parte da queda da commodity já está precificada.

“As ações [PetroReconcavo e Prio] devem cair junto, mas numa proporção menor do que a queda vista na commodity”, resume o gestor. A casa possui posição em ambos os papéis.

*Com informações do Valor Econômico

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