Ações da Sabesp (SBSP3) fecham em alta de 7,32%, a R$ 59,25, apoiadas por perspectiva de privatização
As ações da Sabesp encerraram o pregão desta segunda-feira (21) com salto de 7,32%, cotadas a R$ 59,25, entre as principais altas do Ibovespa. É o maior patamar desde 19 de fevereiro de 2020, segundo o Valor Data, quando os ativos fecharam cotados a R$ 63. O menor havia sido em 23 de março de 2020, a R$ 28,95.
O movimento foi impulsionado pela disparada de mais de 20% das ações da Copel, em meio a expectativas em torno da da companhia. O volume financeiro da Sabesp atingiu R$ 423 milhões hoje, quase o dobro do volume da véspera, quando registrou R$ 223 milhões.
O avanço ocorre ainda após uma do Citi para os papéis da companhia. O banco elevou o preço-alvo de R$ 55 para R$ 70, valor representa alta potencial de 85% sobre o fechamento das ações hoje, e reiterou a recomendação de compra.
A eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos) como governador de São Paulo é vista como um gatilho que deve destravar o processo de privatização da companhia, ao escolher uma diretoria alinhada com a operação, avaliam os analistas do Citi Antônio Junqueira e Guilherme Bosso em relatório.
“A Sabesp tem desempenho abaixo do Ebitda regulatório há anos”, comentam, destacando que o resultado da empresa está entre R$ 3 bilhões a R$ 3,5 bilhões abaixo do esperado, evidenciando um enorme potencial de criação de valor.
Para o analista Rafael Passos, sócio da Ajax Asset, o modelo “vencedor” da privatização da Eletrobras também emerge como um parâmetro. “A partir do momento em que há a possibilidade de ter esse modelo sobre as outras estatais, o mercado de fato compra o risco”, afirma. Ele destaca ainda que, quando a empresa se torna uma corporação, consegue eliminar custos e ser mais eficiente com um passivo menor.
Embaladas por uma expectativa semelhante de desestatização, as ações da Companhia de Saneamento do Pará (Sanepar) também dispararam 12,72%, cotadas a R$ 3,9.
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