Ibovespa acumula ganho de 1,30% na semana e dólar recua 0,73% ante o real neste período

Principal índice da B3 acumula ganho de 1,30% na semana

O Ibovespa fechou em alta nesta sexta-feira (9), impulsionado por commodities e um clima de otimismo no exterior. O índice avançou 2,17%, para 112.300 pontos. Com o resultado, a Bolsa acumulou alta de 1,30% na semana. O dólar caiu 1,16% ante o real hoje, para R$ 5,1462, e fechou a semana em queda de 0,78%.

No mercado internacional, o clima era favorável a ativos de risco, o que beneficiou o real na sessão. Além disso, a moeda brasileira aproveitou as altas do petróleo e do minério de ferro para ganhar força no mercado hoje. 

Destaques do Ibovespa

O IPCA de agosto em linha com o esperado pelo mercado também ajudou no sentimento de otimismo nesta sexta-feira. Após o anúncio do indicador, ações ligadas ao ciclo doméstico tiveram forte valorização.

Americanas (AMER3) avançou 9,31%, Gol (GOLL4) ganhou 7,58%, Via (VIIA3) teve alta de 6,89%, MRV (MRVE3) subiu 6,84% e Lojas Renner (LREN3) subiu 3,19%.

O contrato do petróleo tipo Brent para novembro fechou em forte alta de 4,13%, negociado a US$ 92,84 por barril. Ministros de energia dos países da zona do euro se encontraram para encontrar maneiras de reduzir os altos preços de energia e cogitam limitar o preço do gás importado da Rússia, essencial para as necessidades energéticas da Europa. A reunião de ministros beneficiou o petróleo hoje. 

Petrobras (PETR4) foi na contramão do exterior e encerrou o pregão em leve queda de 0,03%, enquanto PetroRio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) subiram 1,81% e 2,71%, respectivamente. 

Papéis ligados ao minério de ferro também se destacaram no pregão de hoje. CSN (CSNA3) disparou 8,87%, Vale (VALE3) fechou em forte alta de 7,81% e Usiminas (USIM5) subiu 3,83%.

Bolsas globais

Os índices acionários dos Estados Unidos fecharam em alta e interromperam uma sequência de três quedas semanais consecutivas. O Nasdaq Composite avançou 2,11%, enquanto o S&P 500 subiu 1,19% e o Dow Jones teve alta de 1,53%.

Nem comentários que sinalizam aperto monetário do Federal Reserve (o banco central dos EUA) conseguiram diminuir a recuperação das Bolsas norte-americanas hoje. Christopher Waller, membro do conselho do Fed, disse mais cedo que os juros provavelmente precisarão ser elevados até o início de 2023 e que deverão ficar bem acima de 4% se a inflação não cair.

Na Europa, as Bolsas fecharam em alta e interromperam sequência de perdas semanais. O índice Stoxx Europe 600 avançou 1,52%, enquanto o britânico FTSE 100 subiu 1,23%, o alemão DAX ganhou 1,43% e o francês CAC 40 fechou em alta de 1,41%.

O BCE elevou a sua taxa de juros de referência em 0,75 ponto percentual ontem, executando o seu maior movimento de alta desde 1999. A movimentação não assustou os mercados financeiros, dado que eles já haviam precificado uma elevação desta magnitude.

Entre os dados econômicos, a produção industrial na França teve queda de 1,6% em julho em relação ao mês anterior. Este foi o recuo mais acentuado na atividade industrial desde fevereiro de 2021, com queda na produção industrial e reduções em quase todos os setores.

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