Dólar recua ante rivais com da expectativa de manutenção nos juros pelo Fed

Dados indicando arrefecimento no mercado de trabalho dos EUA consolidaram expectativa de manutenção nos juros pelo Fed

O dólar recuou hoje ante rivais, à medida que dados indicando arrefecimento no mercado de trabalho dos EUA consolidaram expectativa de manutenção nos juros pelo Federal Reserve (Fed) na semana que vem. Entre emergentes, a lira chegou a renovar mínimas históricas, porém, se recuperou ante a moeda americana durante o pregão.

Por volta das 17h (de Brasília), o dólar recuava a 138,94 ienes e a libra tinha alta a US$ 1,2559. O DXY registrou queda de 0,73%, a 103,343 pontos.

O dólar começou a sessão em queda modesta, mas ampliou perdas após o Departamento do Trabalho dos EUA revelar aumento acima do esperado nos pedidos de auxílio-desemprego. Segundo o Jefferies, os dados representam etapas iniciais de resfriamento do mercado de trabalho americano.

A proximidade entre o lançamento do relatório e a decisão monetária do Fed, a ser divulgada em 14 de junho, suporta a possibilidade de dirigentes manterem os juros básicos na faixa atual, avalia a Oanda, o que tende a diminuir a atratividade do dólar. Contudo, a moeda americana deve ganhar força no próximo semestre, caso o Fed volte a elevar os juros em julho, pondera o CIBC Economics.

Ainda no radar, o euro avançou a US$ 1,0782. Hoje, a Eurostat informou que o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro contraiu 0,1% no primeiro trimestre, confirmando recessão técnica no bloco. Apesar disso, analistas continuam projetando que o Banco Central Europeu (BCE) deve elevar novamente os juros até um nível suficientemente restritivo para controlar a inflação. Na visão do Danske Bank, uma alta de 25 pontos-base nos juros já foi “bem telegrafada”, por isso a reação nos mercados pode ser contida.

Para o ING, a redução na volatilidade dos mercados de câmbio aponta que os investidores “provavelmente acreditam” que os juros de BCs das principais economias não devem ter movimentações bruscas até o final do ano, apresentando talvez só alguns ajustes para cima. Este cenário favorece o comércio de moedas emergentes, beneficiando o peso mexicano, analisa o banco.

Entre emergentes, a lira turca voltou a renovar mínimas históricas ante o dólar, diante de especulações de que o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, planeja adotar uma política econômica mais convencional. A moeda emergente, porém, reduziu a maior parte das perdas e passou a avançar contra a moeda americana. No final da tarde, o dólar recuava a 23,0932 liras turcas.

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