Cafu tem uma dívida milionária: o que fazer para não deixar as contas destruírem seu patrimônio?

Ex-jogador deve cerca de R$ 11 milhões; veja o que fazer para não se enroscar como ele...

O bicampeão mundial Cafu, que parou de jogar em 2008, está passando por uma situação financeira complicada. A dívida de Cafu estaria na casa dos R$ 11 milhões. Por isso, ele teria colocado a mansão em que mora em leilão. A casa tem 3.200 metros quadrados, 6 suítes, 3 andares, elevador, lustre de R$ 30 mil, cinema, campo de futebol, piscina. O edital do leilão mostra que o imóvel vale exatos R$ 27.486.661,46. “Eu fiz investimentos errados”, reconheceu ele. Tudo porque Cafu foi avalista de um amigo em um empréstimo de R$ 3 milhões. Como essa dívida não foi paga pelo tal amigo, Cafu foi acionado pela Justiça. No entanto, Cafu nega que sua casa vá à leilão. Mas não nega que esteja endividado.

Apesar de sempre estar sorridente, Cafu está preocupado. Por isso, conclamou a mídia para declarar que suas finanças estão sob controle. Até porque, Cafu é empresário e precisa preservar o próprio nome para que isso não contamine outros contratos.

Mas isso não é uma preocupação só de Cafu. Se tem algo que pode tirar o sono de qualquer pessoa, são as dívidas. Mas veja: ter dívidas não é o fim do mundo. Até porque, no fundo, no fundo, todo mundo as tem. Afinal, são poucos que conseguem pagar carro, imóvel ou até mesmo uma geladeira à vista. Qualquer item pago em parcelas é uma dívida contraída. O que você não pode ser é inadimplente, ou seja: não pode deixar de pagar o que deve. Portanto, você tem que ficar de olho em sua saúde financeira.

Como sair das dívidas

Talvez seu caso não seja tão problemático quanto o de Cafu. Mas, caso você esteja inadimplente, separamos 8 recomendações dos especialistas em finanças pessoais para que você saia do vermelho. Vamos a elas:

1. Faça o levantamento das suas finanças

O primeiro passo é criar um planejamento financeiro, que é a ferramenta de controle das economias pessoais. “Inclusive, você pode usar uma planilhas, apps, software financeiro. Até mesmo um caderninho de anotações funciona”, diz a economista Ariane Benedito.

Desta forma, existem gastos fáceis de mapear, como contas de celular, luz, água, internet, supermercado.

Já outros gastos são mais difíceis de detectar, como compras pequenas na padaria ou o pagamento de um estacionamento.

“Por isso, busque o seu histórico financeiro na fatura do cartão de crédito”, aconselha Flávio Riberi, economista e coordenador de cursos de Pós & MBA da Faculdade FIPECAFI, em São Paulo.

2. Corte todos os gastos

Com as despesas em mãos, o próximo passo é classificar os consumos essenciais (contas de água, luz, telefone, internet) e supérfluos (ida a restaurantes, compras no shopping sem necessidade).

Assim, abra mão do que é supérfluo. Por outro lado, identifique qual dessas despesas você terá dificuldade de viver sem e qual não tem tanta importância nesse momento.

“Restringir o planejamento financeiro pode trazer insatisfação para a família. E isso pode levar os envolvidos a desistirem no meio do processo. Por isso, é importante que o planejamento financeiro seja flexível e sincero”, argumenta Ariane.

3. Troque o caro pelo barato

No supermercado, fique atento. Isso porque compras essenciais podem esconder itens supérfluos. Portanto, é importante sempre fazer uma lista. E, a faça sempre boa e velha pesquisas para encontrar os melhores preços. Uma dica é realizar simulações de todos os itens planejados de sua cesta de consumo em diferentes websites de varejistas.

Por outro lado, não é preciso que o endividado se restrinja ao básico. Isso porque certos itens supérfluos devem ter um orçamento, ainda que pequeno, para não se gerar uma repressão do consumo.

Além disso, para sair das dívidas em 1 ano pode ser necessário observar os itens essenciais que estão aumentando o preço. Também considere fazer substituições e converse com a família sobre as escolhas.

4. Pequenos gastos, grandes problemas

Um cafezinho ou uma sobremesa todos os dias são gastos pequenos e que não precisam ser suprimidos por completo, mas podem ser reduzidos. Então, uma ideia é ter este gasto em dias alternados. Outra dica é cozinhar em casa e sempre levar as frutas que estavam paradas há tempos na geladeira no trabalho ou na escola.

5. Renda extra

Ademais, outra solução é buscar maneiras de fazer renda extra. Por exemplo: você pode vender um item que usa pouco, fazer bicos, dar aulas de temas que entende melhor que a maioria das pessoas. Além disso, guarde o valor do 13º salário como mais uma forma de acumular dinheiro. E, algo que você já deve saber, mas é bom lembrar: se você tem reserva de emergência, use-a para pagar os boletos vencidos.

6. Negocie as dívidas

Se houver contas que possam ser pagas com desconto, priorize-as. E as dívidas que poderão ser parceladas, ou que não tem abatimento de valor na quitação única, integre às contas fixas e pague junto com as despesas essenciais. Isso porque o pagamento terá prioridade no seu planejamento. Lembre-se: para o credor é melhor receber menos do que não receber nada.

7. Mude de credor

Caso não seja possível negociar a dívida, bata à porta de outra instituição financeira. O open finance , por exemplo, pode te ajudar a encontrar uma instituição que cobre juros menores.

8. Mantenha o planejamento mesmo com o fim das dívidas

Afinal de contas, não se esqueça jamais da filosofia básica das finanças pessoais:

  • Viver com menos do que se ganha;
  • Poupar parte das receitas;
  • Investir para reserva de emergência e aposentadoria;
  • Se planejar para realizações de desejos sempre priorizando o não pagamento de juros.

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