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Sai iPhone, entram petróleo e ketchup: as apostas do fundo de Warren Buffett nos Estados Unidos
O fundo Berkshire Hathaway, gerido pelo megainvestidor americano Warren Buffett, chegou a um recorde de US$ 322,8 bilhões em fluxo de caixa operacional acumulado no terceiro trimestre. A venda de ações e demais equities atingiu US$ 133 bilhões em 2024 e foi um dos principais motivos para o resultado recorde, assim como a maturidade de títulos do Tesouro Americano, as Treasuries.
A companhia que investe em grandes empresas do mercado americano continuou a vender ações da Apple (APPL34) no terceiro trimestre. No intervalo de 12 meses, o fundo de Buffett se desfez de 100 milhões de ações da dona do iPhone. Enquanto isso, adquiriu e vem aumentando investimentos em outra empresa do setor de energia.
Berkshire Hathaway vende Apple e compra ações de petroleira
A Berkshire Hathaway vendeu 100 milhões de suas ações da Apple até o fim do verão nos Estados Unidos. No ano, o fundo de Warren Buffett se desfez de 25% do total de papéis da big tech sob sua custódia.
O fundo mostrou no balanço que está bem mais conservador em relação ao investimento em ações. Em 2024, a empresa comprou US$ 5,8 bilhões em papéis de companhias, em contraste com aquisições de pouco mais de US$ 9 bilhões em operações do tipo em 2023.
Apesar da venda de ações, a Berkshire continua com a maior parte do dinheiro investido na fabricante do iPhone, de US$ 69,9 bilhões. A segunda principal companhia na carteira do fundo de Warren Buffett é a American Express, de pagamento de cartão de crédito.
Buffett confirmou no balanço que ainda detém 21% das ações da American Express, o que confere à Berkshire direito de voto no conselho de administração.
Os outros três principais investimentos da Berkshire Hathaway e que ocupam 70% do portfólio do fundo são Bank of America, Coca-Cola e Chevron.
Buffet vende bolsa e compra renda fixa americana
Assim como em 2023, o fundo de Warren Buffett continua vendendo mais ações do que compra, tornando o balanço de venda em equities positivo.
As maiores apostas da Berkshire, no momento, são em duas empresas. A primeira é a Occidental Petroleum, mais uma companhia de energia na carteira do fundo. Em setembro, o fundo passou a deter 28,2% de todas as ações da Occidental no mercado.
A outra é uma velha conhecida do mercado de alimentos: a Kraft Heinz. A empresa chegou a ser alvo de investimentos da 3G Capital, holding de alocação de capital dos bilionários Marcel Telles, Jorge Paulo Lemann e Alberto Sicupira.
Assim, a Berkshire Hathaway passou a deter 27% das ações preferenciais da produtora de condimentos, e hoje é uma das maiores posições da Berkshire em uma única empresa. O fundo deixa claro que pretende continuar com Kraft Heinz e Occidental na carteira até que o “valor justo” dessas companhias supere o valor de carrego do investimento.
Por fim, a Berkshire Hathaway aumentou o balanço de Treasuries, títulos do Tesouro Americano, que mantém sob custódia. Até dezembro de 2023, o total de títulos da renda fixa com maturidade de curto prazo (3 anos) que estavam no portfólio era avaliado em US$ 129,6 bilhões. Hoje, valem US$ 288 bilhões.
No ano, o fundo de Warren Buffett gastou US$ 385,2 bilhões na compra de títulos de renda fixa, ante US$ 178 bilhões no ano passado. O saldo inclui a aquisição de papéis de crédito privado.
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